Santa Tereza do Oeste – Sem os devidos recursos das esferas estadual e federal para a saúde, alguns municípios da região Oeste são obrigados a investir por conta própria para garantir os serviços públicos essenciais. A contribuição pela arrecadação anual das prefeituras chega a ser dez vezes maior que os 15% exigidos pela constituição federal.
Em Santa Tereza do Oeste, a Secretaria de Saúde destinou no ano passado 26,17% do orçamento ao setor, o que equivale ao investimento de R$ 5.242.532,99. Foram R$ 2.237.141,23 a mais do que o montante mínimo necessário.
“A porcentagem que cabe ao Estado e a União não é suficiente para atender as nossas necessidades, e com isso, o município precisa arcar com a diferença”, afirma o secretário de Saúde, Fernando Prado.
A queda consecutiva em repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) acarretou mais dificuldades às prefeituras.
Em Céu Azul foram destinados R$ 8 milhões em 2014. O valor corresponde a 20,42% da arrecadação anual. Com esses esforços, houve avanços significativos no atendimento à população, sobretudo, nas consultas com especialistas.
“Além do compromisso com a atenção primária estamos investindo na média complexidade. Contratamos profissionais como psiquiatra, otorrinolaringologista e radiologista”, disse a secretária de saúde, Neuza Bazan.
A quantidade de raio-X em 2014 foi mais que o dobro do ano anterior. De 3.657 procedimentos realizados o número subiu para 7.338. A expectativa para 2015 é aumentar 36% da oferta de exames e chegar ao total de dez mil.
O reforço do poder público em investimentos também possibilitou reestruturar o laboratório municipal, construir uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e dar início a uma nova obra.
(Com informações de Romulo Grigoli)
