Toledo – O Brasil enfrenta, principalmente nos últimos anos, os efeitos de uma época fortemente pautada pelo relativismo, que atinge em cheio conceitos de família, de relações interpessoais e que também abala conjunto de valores que durante muito tempo foram observados pela maioria.
E, diante do atual cenário de crise generalizada e de aumento dos índices de todas as formas de crime e improbidade, é fácil perceber que há algo de muito errado em tudo isso.
De olho nos efeitos de posturas questionáveis, líderes de Toledo lançaram em novembro do ano passado um movimento que pretende ajudar os pais a educar melhor os filhos e que busca a recuperar alguns valores que não podem faltar no processo educacional que tem o lar como base.
O Movimento Pessoas Melhores surgiu da troca de ideias de três amigos, Edésio Reichert, Giselle Grando e Tiago Santana. Mesmo jovem, a iniciativa já começa a render frutos e a servir de modelo para ações parecidas em maturação em outras regiões. Com o suporte da Acit, a Associação Comercial e Empresarial de Toledo, o projeto ganha forma de um jeito simples e que cai no gosto das pessoas.
“Com pequenas ações, esperamos influenciar mudanças culturais positivas, e que essas possam permitir que as pessoas construam uma vida melhor para si e aos seus familiares”, diz Edésio.
O empresário entende que para construir uma cidade e uma região melhores basta que as pessoas se respeitem, sejam tolerantes e compreendam que apenas o estudo, o trabalho e a perseverança poderão conduzi-las a dias melhores. Edésio atribui o atual reinado do relativismo como o ápice de uma revolução cultural que promove forte assédio no Brasil e que é disseminada de várias formas.
Pelo mau exemplo do político corrupto, pelos excessos de parte da mídia, de setores da Justiça que não punem culpados e, também, pelo enfraquecimento do papel e da importância do professor e da família.
“As consequências disso são devastadoras e precisam ser enfrentadas”, conforme Edésio.
Valores
Os idealizadores do Movimento procuraram entender a fundo a realidade para então desenvolver o projeto, que, se for implementado dentro das organizações, pode levar às mudanças culturais esperadas no tocante à educação dos filhos. Boa parte dos pais perdeu a noção de que eles são a autoridade dentro de casa e isso precisa ser resgatado.
“Os valores têm sido duramente atacados porque muitos difundem que o melhor é viver sem uma moral absoluta, onde cada um faz a sua própria. Não há mais certo e errado, verdade ou mentira e tudo depende das circunstâncias. Que todos temos muito mais direitos do que deveres. Mas, no fundo, todos sabem que não há como uma sociedade dar certo se certos princípios não forem respeitados”, afirma o empresário Edésio.
(Com informações de Jean Paterno)
