Cotidiano

Multas a empresas que não cumprem normas somam quase R$ 100 mil

Cerca de 40 empresas fazem o recolhimento de inertes em Cascavel

Cascavel – Há quase 90 dias o Aterro Municipal de Inertes está fechado e as empresas de transporte de resíduos da construção civil destinam os materiais para a Future e a Lapa, ambas autorizadas para realizar os trabalhos.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente Luiz Carlos Marcon, após o fechamento do aterro quase R$ 100 mil já foram aplicados em multas às empresas que não cumprem as novas normas.

“Cerca de 80% das empresas não cumprem a legislação. Trinta multas já foram aplicas, sendo dez a crimes ambientais”, afirma.

Informações extraoficiais apontam que pelo menos duas empresas tiveram o pedido de cassação do alvará de licença.

O empresário e proprietário da Transentulho, Valdir Delol afirmou que foi multado em R$ 50 mil.

“Fomos multados alegando que não cumprimos a lei. Vamos recorrer, pois fazemos nosso trabalho dentro da legalidade. Estamos há 30 anos no mercado e nunca tinha recebido uma multa neste valor”, comenta.

Delol também reforçou que durante a reunião dos caçambeiros na semana passada foi discutida a possibilidade de um reajuste no valor do metro quadrado dos inertes.

“Hoje pagamos R$ 8,5 pelo metro cúbico e se cogitou R$ 13. Não sabemos como vamos trabalhar. Já aumentamos de R$ 120 para R$ 160 o aluguel da caçamba. Estamos sem clientes devido a crise e se continuar reajustando teremos que fechar a empresa. Não descarto a ideia de mudar para Santa Tereza do Oeste”, desabafa.

Cadastradas

Cerca de 40 empresas fazem o recolhimento de inertes em Cascavel. Desde o fechamento do aterro o Município atua apenas como fiscalizador.  Em julho o Hoje já havia denunciado mais de 90 caçambas descartadas de forma irregular na região da FAG.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, os valores cobrados antes do fechamento permanecem os mesmos. O Município se comprometeu em apresentar o Plano de Recuperação de Área Degradada. O prazo é de 180 dias e deverá passar por aprovação no IAP (Instituto Ambiental do Paraná).

(Com informações de Eliane Alexandrino)