Foz do Iguaçu – A Câmara de Foz do Iguaçu se viu envolvida em mais uma polêmica por conta de um projeto que despreza a necessidade de o poder público reduzir seu custo ao contribuinte e, com isso, fazer sobrar um pouco mais de dinheiro para investir em obras e programas que atendam aos interesses da população.
A Casa discutia projeto que eleva de 15 para 21 o número de vereadores da cidade quando um princípio de tumulto se estabeleceu.
Ah, não sabe o quê? Tá sobrando dinheiro, manda para a saúde, manda para a educação!, protestou um dentre os manifestantes que lotavam o plenário.
Mas você é burro. Se você não sabe fazer cálculo, burro, vá aprender”, reagiu o autor do projeto, vereador Dilto Vitorassi.
Apesar da polêmica, a proposta foi aprovada com 11 votos favoráveis e apenas três contrários e será submetida à segunda votação no início de dezembro. Por se tratar de uma mudança na Lei Orgânica Municipal, ela deve voltar à pauta para discussão final somente depois de dez dias.
Chega pra lá
Questionado sobre sua atitude destemperada, Dilto Vitorassi se defendeu.
Quando chega um momento que a gente tem que parar a sessão 15 minutos porque duas, três pessoas resolvem, aos berros, ficar interrompendo a sessão, a gente tem que dar um chega pra lá, justificou.
Dinheiro devolvido
Em defesa da Câmara, o presidente Fernando Duso disse que desde o início do ano R$ 5 milhões foram devolvidos ao Poder Executivo. Na verdade, essa foi a diferença entre o que a Casa efetivamente gastou e o que poderia gastar no período, de acordo com o que diz a lei.
Ainda assim, no entanto, um estudo do Observatório Social revelou que os vereadores de Foz custam R$ 93 ao ano por habitante. A título de comparação, esse custo é de R$ 61 em Londrina e de R$ 48 em Maringá.