Cascavel – Um dos projetos historicamente mais ambicionados pelo Oeste do Paraná tenta justificar toda a sua importância desde que foi constituído, em 1998.
A Ferroeste passou por diversos momentos de dificuldades e nos últimos anos acumula bons resultados, tanto que em 2016 a previsão é de que ela, pela primeira vez, feche seu resultado contábil no azul. Essa foi uma das informações repassadas pelo presidente da empresa, João Vicente Bresolin Araújo, quinta à noite, durante reunião empresarial da Acic.
Para ser superavitária, a Ferroeste precisa transportar no mínimo cem mil toneladas por mês. E a projeção para o ano que vem é de que locomova 1,5 milhão de toneladas.
Caso tudo corra bem, então fecharemos com um pequeno lucro no exercício, diz João Vicente, afirmando que a conquista não é pouca coisa. Em 2014, o resultado negativo foi de R$ 13,2 milhões e deverá chegar aos R$ 2,5 milhões no atual. O equilíbrio vem de aportes do Estado. A mudança de cenário se deve, conforme o presidente, à adoção de uma série de medidas que tornam a ferrovia mais eficiente.
O governo estadual retomou as operações da Ferroeste em 2007 e desde então há dificuldades quanto a material rodante e também de manutenção dos trilhos. Em 2011, eram apenas três locomotivas. Novas foram integradas nos últimos anos, além de vagões.
Com o recente anúncio de aporte de R$ 4 milhões pelo governo estadual, em 2016 ela somará 15 locomotivas e 399 vagões, com incremento de capacidade de tração de 70%.
Esses ajustes permitem à empresa avançar lenta, mas consistentemente, afirmou João Vicente.