Cotidiano

Estado defende diálogo, porém líderes e moradores têm pressa

As duas invasões mais recentes do MST já custam em prejuízos de R$ 15 milhões

Curitiba – Um encontro de líderes nesta semana, na capital, tratou sobre as invasões de terra e especialmente da situação da Araupel, que desde 1996 é vítima de invasões promovidas por membros do Movimento Sem-Terra. Há 72 mandados de reintegração de posse já expedidos pela Justiça do Paraná é não há sequer posição do Estado de quando as determinações, que garantem o constitucional direito à propriedade, serão cumpridas.

No caso específico da Araupel, o governador Beto Richa diz que o diálogo tem sido intensificado para uma solução para o cenário. Somente as duas invasões mais recentes do MST, em espaço inferior há um ano, já custam em prejuízos aos donos da propriedade R$ 15 milhões. O secretário especial de Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, diz que, diante do quadro, é fundamental conservar para encontrar o melhor termo possível, sem riscos de violência.

Uma proposta apresentada pela empresa, segundo Serighelli, será apresentada ao movimento para saber se aceitam. Um morador de Quedas do Iguaçu, que há muito tempo vive o clima de tensão provocado pelos excessos do MST, questiona:

“Mas que legitimidade tem um movimento que não respeita a lei, os sonhos, a propriedade produtiva e os direitos dos outros de decidir sobre uma questão dessas? Quem deve ter a palavra final em questões como essa é a Justiça”, afirma o morador.

Instabilidade

Líderes do interior afirmam que a lei é clara e que não há o que negociar com sem-terra, principalmente quando invadem áreas produtivas, cortam e vendem árvores que não lhes pertencem, que matam animais silvestres, que derrubam espécies centenárias em ambientes protegidos.

“Se há instabilidade hoje no Paraná, quem é provocou é o próprio Estado que demonstra não ter pulso firme suficiente para fazer cumprir os mandados de reintegração”.