Marechal Cândido Rondon – Diante da crise econômica do País, alguns setores como o comércio e o automobilístico enfrentam alguns de seus piores momentos. Isto é reflexo dos pesados aumentos e reajustes autorizados desde o início do ano pelo governo federal em tributos.
O resultado dessa instabilidade é um futuro cada vez mais pessimista, com a baixa nas vendas e o consumidor com o pé no freio. Índices negativos já não surpreendem mais.
Com o consumidor retraído, despesas básicas como alimentação e combustível são revistas e adaptadas para conseguir equilibrar as contas. Produtos que antes eram essenciais são deixados, temporariamente, de lado.
O combustível, por exemplo, teve queda de consumo na região Oeste do Paraná de aproximadamente 20%, sentida desde fevereiro segundo o empresário Marcos Tonin – logo depois do aumento da gasolina em abril, de R$ 0,20 o litro.
A redução no consumo do combustível é bem significativa na região, confirmada por vários proprietários. O consumidor reduz a circulação do veículo na tentativa de economizar, relata Tonin.
O que ocorre em alguns casos é a substituição do carro pela moto ou por outros meios de transporte, como a bicicleta ou o ônibus coletivo. Nesse último caso também houve reajuste na tarifa, com aumento de R$ 0,30 em Cascavel desde fevereiro, passando de R$ 2,60 para R$ 2,90.
Todos os reajustes ocorridos nos últimos meses repercute no setor, ressalta o empresário.
O combustível com maior redução de procura foi a gasolina. O setor, que tenta driblar as dificuldades financeiras, pode passar por dias ainda mais nebulosos, já que a ANP (Agência Nacional de Petróleo) deve anunciar em breve um novo reajuste na gasolina. Inicialmente, estima-se um aumento de 9,1%, o que representaria R$ 0,30 por litro a mais ao consumidor.
(Com informações de Marina Kessler)