Cascavel – Representantes do Conselho dos Direitos da Mulher, da Secretaria de Assistência Social, de abrigos entre outras entidades participaram na quarta-feira (12) da primeira Reunião Descentralizada de Integração das Ações do Pacto Nacional em parceria com a Câmara Técnica de Gestão Estadual do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
De acordo com gestora da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social Terezinha Ramos, o objetivo foi descentralizar ações e promover a integração.
“No Paraná são nove municípios pólos e Cascavel é um deles. Um trabalho em conjunto traçou o mapa da violência no Paraná e infelizmente o Estado está em terceiro no ranking nacional. Essas reuniões servem para aumentar o diálogo com a rede municipal e atingir um maior número de municípios”, comentou.
No Paraná o perfil da mulher agredida é o seguinte: dona de casa com idade de 30 a 40 anos, com três ou mais filhos e dependente financeira e/ou emocionalmente.
“Queremos regionalizar os abrigos. Hoje nove entidades no Estado fazem o acolhimento às vítimas e seus filhos. Com essa integração fica mais fácil atender os municípios que não possuem locais apropriados”, acrescenta Ramos.
Em Cascavel além do Cras III (Centro de Referência de Assistência Social), também há o Abrigo de Mulheres Vanuza Covati com capacidade para 20 pessoas.
“A maioria vem acompanhada de filhos. Aí trabalhamos para agilizar os encaminhamentos para familiares em outras cidades ou até para vagas de empregos. Todas têm medidas protetivas”, explica a coordenadora do Abrigo Rosemeri Zirmermann.
A Secretaria de Assistência Social apresentou as ações aplicadas ao enfretamento da violência contra a mulher no município.
Ocorrências
Os boletins de ocorrência por agressão física doméstica têm maior procura nas segundas e terças-feiras e estão associadas ao consumo excessivo de álcool e outras drogas.
“Há muitas ocorrências nestes dias e nos dias seguintes ao pagamento de salários. Quase todas as ocorrências têm envolvimento com o álcool ou outras drogas”, afirma o delegado da Delegacia da Mulher e Adolescente de Cascavel, Rogerson Luiz Ribas Salgado.
(Com informações de Eliane Alexandrino)
