Guaíra – O clima de tensão no Extremo-Oeste do Paraná, por conta da invasão de 15 propriedades rurais por indígenas, cresce a cada dia. Autoridades e agricultores se mostram perplexos com o relatório elaborado por membros da Comissão da Verdade, que recentemente estiveram na região de Guaíra para apurar a situação.
A conclusão é de que o processo de colonização, entre 1940 a 1980, violou o direito dos indígenas expulsando-os de suas terras.
Moro nessa região desde 1950 e posso afirmar que jamais teve índio por aqui, diz o produtor rural Ermínio Vendrúscolo.
O prefeito de Guaíra, Fabian Vendrúscolo (PT), leu o documento e disse no sábado (20), durante reunião executiva da Caciopar, que a conclusão dos membros da Comissão da Verdade é de que houve uma espécie de genocídio na região.
E a culpa, afirmam, é do processo de colonização, que teria expulsado os guaranis de suas terras. O processo de formação de propriedades rurais e as cooperativas seriam estratégias para violar o direito dos índios. A Itaipu, segundo o relatório, seria a última estratégia do regime militar para forçar a migração dos indígenas a outras regiões do País e ao Paraguai.
Parcial
Os líderes dizem que os absurdos e as alucinações de caráter ideológico contidas no documento, que em nada contribui com um debate sério e pautado no bom-senso, é reflexo da parcialidade e do radicalismo dos que o elaboraram.
Vieram, sem que soubéssemos, e ouviram uns poucos índios e foram embora, lamenta o petista Fabian.
O relatório que trata das invasões e de relatório que tem anuência da Fundação Nacional do Índio corre em segredo de Justiça. Informações dão conta que há 59 áreas de interesse da Funai no Oeste. Apenas em Guaíra e Terra Roxa são 11,5 mil alqueires, mas a pretensão é muito maior, de transformar toda a região de fronteira entre Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai em uma nação guarani.
(Com informações de Jean Paterno)