Cotidiano

Com tarifa elevada por ordem da Justiça, motoristas ameaçam greve

A partir da notificação, o Município tem cinco dias para aplicar o novo valor, ou seja, o prazo termina nesta sexta-feira (13)

Com tarifa elevada por ordem da Justiça, motoristas ameaçam greve

Cascavel – Após determinação judicial atendendo a processo aberto pelas empresas que prestam o serviço de transporte público em Cascavel, a prefeitura informou que vai cumprir a ordem e reajustar a tarifa de R$ 3,90 para R$ 4,15, aumento de 6,37%. Em nota, o Município informou ter sido notificado apenas nessa segunda-feira (9) da liminar concedida no último dia 2. A partir da notificação, o Município tem cinco dias para aplicar o novo valor, ou seja, o prazo termina nesta sexta-feira (13). A Justiça estabeleceu multa diária de R$ 10 mil em caso de desobediência. Até ontem o prefeito Leonaldo Paranhos não havia anunciado oficialmente a data do reajuste.

As empresas Pioneira e Capital do Oeste recorreram à Justiça alegando que o reajuste contratual deveria ter sido aplicado no início de janeiro. Em meio a essa definição, uma nova notícia preocupa: o Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Cascavel) aprovou indicativo de greve. Eles prometem parar 72 horas após a notificação, ou seja, a partir da próxima quinta-feira (12). Os trabalhadores cobram a reposição da inflação no período de 2,55% e aumento de R$ 100 no vale-alimentação, hoje de R$ 300. Há um impasse entre patrão e empregado.

Em nota, a Pioneira e a Viação Capital do Oeste se dizem “surpresas com a determinação” do sindicato. Informam que a negociação da data-base não foi concluída justamente devido à espera do reajuste da tarifa e que “acataram o pedido de reajuste salarial de 2,55%, índice pleno do INPC do período da data-base, mas discordam em conceder um aumento de 33,33% na cesta básica, um valor totalmente em desacordo com a realidade econômica do País”. Asseguram ainda que, assim que houver a definição da tarifa, seguirão nas negociações, esperando que “o sindicato não venha a prejudicar a população com uma paralisação injustificada, que demonstra ter motivação meramente política”, acrescentam as empresas, em nota.