Cascavel – Com esta cidade se destacando no cenário nacional como rota de investimentos, cresce também o número de empresários ricos e com poder aquisitivo suficiente para movimentar o mercado de luxo. A prova disso é que Cascavel ficou entre as dez cidades com o metro quadrado de luxo mais caro do Sul do País.
Os dados são da Panorama Sul do Brasil, um estudo da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, que levantou informações de empreendimentos verticais de 32 cidades da região no primeiro trimestre deste ano.
Segundo a pesquisa, Cascavel com o metro quadrado de luxo avaliado em R$ 6.264 aparece como 8ª no ranking. É, inclusive, a segunda cidade do Paraná a aparecer na lista, visto que a primeira é a capital Curitiba em 5º lugar (R$ 8.694 o m²) e depois ainda aparece Maringá na 10ª posição (R$ 6.136 o m²).
Pelo estudo, são considerados empreendimentos de luxo imóveis com preço entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. Acima desse patamar, os imóveis se enquadram na categoria superluxo.
O ranking é liderado pelas cidades catarinenses que são famosas pelas belas praias. Em primeiro aparece o disputado Balneário Camboriú, com o m² de luxo pelo valor de R$ 10.711 e em seguida Florianópolis, com imóveis saindo pela bagatela de R$ 10.651 o m².
Completa o pódio ainda a capital gaúcha Porto Alegre, com R$ 9.702 o m². Entre as dez mais caras, estão quatro do Rio Grande do Sul, três de Santa Catarina e três do Paraná.
O que chama atenção é que Cascavel é uma cidade do interior, longe da capital, sem praia, e grandes atrativos turísticos, mas mesmo assim está no ranking de luxo.
Crescimento
Segundo o diretor de comercialização imobiliária do Secovi-PR (Sindicato da Habitação e Condomínios), Carlos Mitsutochi Komura, é um reflexo do crescimento do Município.
“Cascavel é uma cidade atípica, que cresce acima do ranking nacional, e isso atrai investidores. Tem muita gente saindo da Capital e de cidades maiores para vir investir em Cascavel. Hoje, na cidade, tem oferta e procura de imóveis de luxo pela classe A e B”, comenta.
Sobre as particularidades desses imóveis, Carlos explica que são sempre na região Central, no máximo a duas quadras da Avenida Brasil. Se tem entre 100m² e 200m², geralmente tem mais opções de lazer, como se fosse um clube. Ou ainda tem os de 400m² ou mais, já mais focados no luxo dentro do apartamento. Os compradores são criteriosos e avaliam detalhadamente os imóveis.
Segundo ele, geralmente são grandes empresários do setor de serviços e agronegócios, que, inclusive, efetuam o pagamento com uma grande entrada e depois o restante é parcelado.
“Mas é uma minoria, não é uma grande parcela da população que tem R$ 1 milhão para desembolsar num imóvel, é 1% de Cascavel. A compra, geralmente, é feita por uma espécie de sistema de cooperativa”, conta.
(Com informações de Crislaine Güetter)
