Curitiba – Reunida na manhã de sexta-feira (2), a Comissão de Ética do PMDB do Paraná deliberou por maioria de votos – 5 a 1 – pela expulsão de Orlando Pessuti dos quadros do partido.
A decisão não surpreendeu, na medida em que há tempos isso era tido como uma espécie de questão de honra para o ex-governador Roberto Requião, que está rompido com seu ex-vice desde as eleições de 2010.
Menos de duas horas mais tarde Pessuti almoçava em um restaurante da capital quando recebeu convite pessoal do ex-senador Osmar Dias para ingressar no PDT.
Anteriormente, entretanto, ele já havia sido convidado por diversas outras siglas, dentre elas o PSDB do governador Beto Richa, pois é tido como peça importante no tabuleiro das eleições municipais de 2016, inclusive para disputar a Prefeitura de Curitiba.
Vai recorrer
Apesar desse assédio, Pessuti não desistiu do PMDB, partido que ajudou a encabeçar no Estado ao longo de décadas. Mesmo balançando com os convites recebidos, ele anunciou que irá recorrer ao próprio Conselho de Ética e, se necessário, apelar à Justiça.
É mais um ato de truculência, fanfarronice do Requião. Eles querem criar mais um fato político porque nosso grupo está se organizando para enfrentá-los na convenção, disse Pessuti ao comentar a decisão do partido.
Infidelidade partidária
A expulsão de Orlando Pessuti pela Comissão de Ética do PMDB deu-se com base em deliberação da executiva estadual proibindo filiados com cargo ou função de direção no partido de participarem da administração direta ou indireta no governo Beto Richa.
Membro do diretório estadual e delegado na convenção nacional do partido, Pessuti ele ocupa hoje o cargo de diretor administrativo do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).