Cotidiano

ALERTA: Pistas exclusivas de ônibus em Cascavel NÃO estão liberadas para prática de atividades físicas

Em Cascavel, somente estão autorizados a utilizar as canaletas dos ônibus, os veículos de urgência e emergência que são as ambulâncias, os carros de polícia e de fiscalização de trânsito, em serviço, devidamente identificados, com sinalização intermitente e alerta sonoro, além de táxis.

ALERTA: Pistas exclusivas de ônibus em Cascavel NÃO estão liberadas para prática de atividades físicas

Com o relaxamento do isolamento social nas últimas semanas, muitas pessoas voltaram a praticar atividades físicas ao ar livre em Cascavel, contudo, sem observar os cuidados com a saúde e com a segurança no trânsito. Uma onda equivocada está chamando atenção: é crescente o número de pessoas utilizando as pistas exclusivas dos ônibus para se exercitar, inclusive nos horários de pico. A Cettrans/Transitar informa que os corredores do transporte coletivo NÃO estão liberados para pedestres e ciclistas em nenhum horário. Muito pelo contrário.

De acordo com o artigo 254 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), “é proibido ao pedestre: I – permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-la onde for permitido; utilizar-se de via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais, e com a devida licença de autoridade competente; V – andar fora da faixa própria, passarela, passagem área ou subterrânea; VI – desobedecer à sinalização de trânsito específica”.

Em Cascavel, somente estão autorizados a utilizar as canaletas dos ônibus, os veículos de urgência e emergência, sendo, as ambulâncias, os de polícia e de fiscalização de trânsito, em serviço, devidamente identificados, com sinalização intermitente e alerta sonoro, além de táxis.

O gerente da Divisão de Fiscalização de Trânsito da Cettrans/Transitar, Alex Sandro Vitório, explica que sempre que a Cettrans/Transitar autoriza eventos em vias públicas, como as corridas de rua, são disponibilizados agentes de trânsito e sinalização adequada para garantir a segurança dos atletas, além de exigir medidas de segurança dos organizadores. “Em casos isolados como estes que estamos observando, contudo, não aconselhamos nem atletas maratonistas e nem os demais praticantes de atividades diversas a usarem as caneletas, por uma questão de falta de segurança”.

13 km de ciclovias e pistas de caminhada

Somente nas três avenidas que contam com corredores exclusivos para o transporte coletivo (Avenida Brasil, Barão do Rio Branco e Avenida Tancredo Neves) o Município implantou recentemente e revitalizou pelo menos 13 quilômetros de pistas de caminhada e ciclovias, oferecendo espaços específicos para a comunidade se exercitar, além dos 4 km de ciclofaixa na Avenida Tifo Muffato e das pistas implantadas recentemente nos ecoparques, atualmente fechados por conta do coronavírus.

Cuidado e bom senso

Campanhas educativas presenciais do órgão de trânsito foram temporariamente interrompidas devido às restrições da Covid-19, contudo, a orientação continua sendo feita.

Segundo a coordenadora do setor de Educação de Trânsito, Luciane de Moura, este momento requer bom senso e cuidados redobrados por parte da população, tanto para conter a propagação do coronavírus, como para se evitar acidentes.

Ela explica que o ideal é buscar horários alternativos para se exercitar, evitando os de pico, a fim de evitar aglomerações; também é aconselhável não sair em grupos, para evitar conversas e maior tempo na rua. É importante frisar que muita gente ainda está na rua sem máscaras faciais. A barreira mecânica de proteção é obrigatória em ambientes públicos, mesmo ao ar livre e o não uso está sujeito à multa.

Por um trânsito mais humanizado

“As mudanças nas vias públicas visam proporcionar segurança e fluidez para todos os usuários, como um direito garantido na Constituição Federal. Mas para que isso se concretize, é necessário o respeito de todos ao espaço de cada um, numa perspectiva de trânsito humanizado”, enfatiza Luciane de Moura.

Esta, segundo ela, trata-se deu uma mudança, inclusive, cultural. “Temos o espaço destinado ao transporte coletivo, ao veiculo automotor, ao ciclista, ao pedestre, mas é importante compreender que, ao transitar, por exemplo, na faixa exclusiva do ônibus, colocamos nossa vida e de outros em risco, por isso, a orientação é que cada um ande no seu espaço destinado, respeitando o outro”.