Cotidiano

Agronegócio e matalmecânica se sobressaem na crise, diz secretário

O grande trunfo do município é a vocação para o agronegócio

Cascavel – Depois de três meses consecutivos de alta na produção industrial, o Paraná registrou uma queda de 6,3% no mês de julho, o pior resultado do País segundo dados divulgados há poucos dias. Os números evidenciam o que os paranaenses vivenciam no dia a dia, com demissões, alta de preços e insegurança econômica.

Saindo do âmbito estadual, e focando em Cascavel, o panorama é menos dramático, garante o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Carlesso.

“Na última reunião do conselho da secretaria, pedimos que cada setor se manifestasse como estava o segmento. O que posso dizer é que chegamos à conclusão que as coisas não vão muito bem, mas a indústria e o comércio estão andando”, comenta.

Segundo ele, o grande trunfo do município é a vocação para o agronegócio, visto que agricultura e pecuária têm, ao contrário de outros nichos, se sobressaído em tempos de crise.

“Nossa região é favorecida com muitas indústrias no ramo do agronegócio. E isso continua funcionando e funcionando bem. Outro setor como metalmecânica, continua a produzir e trabalhar a todo o vapor, por exemplo”, avalia.

Embora com pontos positivos, Cascavel não está imune à crise. Conforme o secretário, a preocupação é com o comércio. Além disso, há uma retração significativa – cerca de 30% – nos segmentos de bares, hotéis e restaurantes. “Na realidade, a crise não está instalada, mas ela anda rondando a nossa vizinhança”, frisa.

Para o secretário, as festas de fim de ano dão uma nova esperança para esses setores especificamente. “São datas que as pessoas acabam gastando, mas é óbvio que a prudência é de não consumir mais que o necessário. No entanto, já gera um aquecimento nas vendas”, pontua. 

Construção civil

Ainda sobre os segmentos que mais têm sido afetados pelo baque na economia, o secretário Paulo Carlesso destaca a construção civil.

“É realmente um dos quadros mais acentuados. Já tem inclusive diminuído bastante a atividade no município. A oferta de empregos tem caído e a procura aumentado”, observa.

Contudo, Carlesso ainda é otimista.

“Ainda dá para dizer que a crise não afetou expressivamente. Acredito que em Cascavel, como não existe uma concentração de grandes indústrias, mas sim polo de pequenas indústrias, de pequenos industriais, deve sofrer menos que no contexto geral”, conclui.