Os cerca de três mil funcionários demitidos com o fim da concessão de pedágios do Anel de Integração terão prioridade de atendimento nas Agências do Trabalhador, de acordo com o Governo do Paraná.
As concessões de rodovias no Paraná, que duraram 24 anos – com as tarifas mais caras do país – terminaram à 0h deste domingo (28). As estradas devem ficar sem cobrança por pelo menos um ano.
Segundo o Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral no Estado do Paraná (Sindecrep-PR), não há garantia que os funcionários demitidos serão recontratados por futuras concessionárias.
A Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) vai notificar as seis empresas que administravam as praças para que forneçam a relação dos funcionários que perderam os empregos.
Com a relação, de acordo com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), busca-se agilizar a recolação dos funcionários demitidos no mercado de trabalho.
“Já determinei que as a Agências do Trabalhador deem prioridade a essas quase de 3 mil pessoas, para que consigam um trabalho. Elas não vão sair desamparadas, já que fizeram acerto e tem também o seguro desemprego. Com essa prioridade, a grande maioria estará empregada em breve”, afirmou o governador.
Segundo Ratinho Junior, a oferta de empregos no Paraná está em alta, o que facilitará a recolocação dos trabalhadores.
“Nós temos por semana doze mil vagas abertas no Paraná e estamos em uma crescente. Eu acredito que, como a economia está aquecida e temos muitas vagas, os que queiram conseguirão um emprego”, disse Ratinho Junior.
Segundo a Sejuf, a maioria dos funcionários demitidos tem entre 30 e 39 anos (normalmente chefes de família) e um vínculo de mais de de cinco anos com a empresa de pedágio.
Praças com cancelas abertas no Paraná:
Depois de 24 anos, concessões do pedágio do Anel de Integração no Paraná chegaram ao fim — Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS
Caminhos do Paraná
- Porto Amazonas (BR-277)
- Irati (BR-277)
- Prudentópolis (BR-277)
- Imbituva (BR-373)
- Lapa (BR-476)
Rodonorte
- São Luiz do Purunã (BR-277)
- Ortigueira (BR-376)
- Imbaú (BR-376)
- Tibagi (BR-376)
- Palmeira (BR-376)
- Carambeí (PR-151)
- Jaguariaíva (PR-151)
Ecovia
- São José dos Pinhais (BR-277)
Econorte
- Jacarezinho (BR-369)
- Jataizinho (BR-369)
- Sertaneja (PR-323)
Viapar
- Mandaguari (BR-376)
- Castelo Branco (BR-376)
- Arapongas (BR-369)
- Floresta (PR-317)
- Campo Mourão (BR-369)
- Corbélia (BR-369)
Ecocataratas
- Candói (BR-277)
- Laranjeiras do Sul (BR-277)
- Cascavel (BR-277)
- Céu Azul (BR-277)
- São Miguel do Iguaçu (BR-277)
Novo pacote de concessão
O novo pacote de concessão é formado por rodovias estaduais e federais. São 2,3 mil quilômetros das concessões que estão terminando e outros 1 mil quilômetros de novos trechos.
Os contratos de pedágio vão ser divididos em seis lotes, que vão a leilão separadamente. A decisão de cada um dos lotes será feita por disputa livre na bolsa de valores. Vence a empresa que conceder o maior desconto na tarifa base.
A perspectiva é que o pregão ocorra em 2022, com assinatura do contrato no último trimestre do ano. O Governo do Paraná estima que as novas tarifas sejam de 40% a 50% mais baratas que se pagava nas concessões que estavam em vigor.
Serão criadas 15 novas praças de pedágio no estado. Entre as obras previstas no pacote, estão a duplicação de quase 1,8 mil quilômetros e a instalação de rede de internet wi-fi em todos os trechos de concessão.
O modelo também prevê a construção de 10 contornos urbanos e faixas adicionais em rodovias já duplicadas, terceiras faixas, além de câmeras de monitoramento e iluminação em LED.
A maior parte das obras devem acontecer nos primeiros sete anos de concessão. Os novos contratos devem valer por 30 anos.
(G1 PARANÁ)