Até 2050 o mundo terá 9,6 bilhões de habitantes e para que toda essa população consiga sobreviver a produção de alimentos terá de crescer 70% em relação ao que era gerado em 2006. É o que diz a FAO, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para Alimentação e Agricultura.
Esse avanço só será possível por meio do uso otimizado de solos e água, com máxima economia e produtividade, e a AgTech será um elemento crítico para alcançar esta meta.
A AgTech vem emergindo como um ponto crucial de investimento, mas esse ainda é um fenômeno recente. Ainda que novas tecnologias possam deixar proprietários “com o pé atrás”, todos buscam aprimorar sua produtividade. Isso se dá pela combinação entre hardware e software, o que inclui aplicativos para coleta georreferenciada de dados sobre pragas e condições hídricas; sensores que rastreiam equipamentos e medem a condição de solo; além de terminais onde essas informações podem ser relacionadas a imagens de satélite ou de drones para tomada de decisão.
Considerando a evolução das plataformas de drones e a carência tecnológica no mercado agrícola no Brasil, a tendência para os próximos anos é o desenvolvimento de soluções completas que possibilitem a análise rápida da saúde de culturas, incrementando o ganho para os produtores.
E o uso de georreferenciamento no campo recebeu um impulso por parte do setor financeiro, quando o Banco Central lançou a Resolução 4.427, em 2015, que obriga instituições bancárias a usar GIS e sensoriamento remoto para fiscalizar operações de crédito agrícola.