Catanduvas – Uma transferência de presos em voo comercial partiu de Cascavel na tarde de ontem (17) levando da região dois dos principais nomes da operacionalização da facção criminosa que nasceu no Rio de Janeiro, mas que se espalha pelo Brasil, o CV (Comando Vermelho). Ambos estavam no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas havia pelo menos dois anos e, portanto, precisavam passar pelo rodízio típico determinado pela Lei de Execuções Penais.
Um dos presos seria Renato Sigarini, conhecido por Vermelhão. Ao lado de comparsas, ele aparece como um dos articuladores que levou o CV para o estado do Mato Grosso criando por lá uma organização aliada ao CV do Rio de Janeiro, mas para quem não precisaria prestar contas e ajudar financeiramente para manter a estrutura carioca.
O outro seria de Sidnei Bettcurt, também ligado ao CV no Mato Grosso. Conhecido no meio policial por roubos de cargas e caminhões, é considerado pelo Ministério Público de alta periculosidade com histórico de fugas bem planejadas e concretizadas de presídios estaduais.
Ambos foram levados para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Vale destacar que o presídio em Catanduvas passa por um processo para o recebimento de importantes líderes do Comando Vermelho, com características para recebimento da cúpula presa da facção criminosa. As transferências são características porque cada detento permanece, em média, dois anos na mesma unidade prisional.
A expectativa é para a vinda de um dos líderes do bando, Fernandinho Beira-Mar, que estreou o presídio de Catanduvas.
Reportagem: Juliet Manfrin