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Viver a Páscoa com intensidade!

A Sexta-Feira Santa é um dia de silêncio, de meditação sobre a dor de Jesus e nela as dores nossas e da humanidade

A palavra Páscoa significa passagem. Continuamente a vida necessita de passagem de uma condição para a outra. A Páscoa vem para nos ajudar a vislumbrar essas passagens necessárias. Em cada momento que acontece uma superação, uma renovação, uma mudança da tristeza para a alegria, da crise para a vida que flui, do mal para o bem, em tudo isso, acontece a Páscoa.

Jesus em sua vida fez essa passagem. Ele só fez o bem, mas sofreu a morte, imposta pela maldade e venceu pela força do amor, na ressurreição. As nossas mortes também esperam a ressurreição pela confiança no amor. O amor é a força da eternidade para o mundo, para a nossa vida e nossa obra.

Na Igreja, a Páscoa é a celebração dos últimos acontecimentos da vida terrena de Jesus e de sua glória. A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, quando Jesus é aclamado Rei ao entrar em Jerusalém. Claro, o povo não estava entendendo que o seu reinado se daria pela entrega e não pela força. A Semana Santa é uma oportunidade de retiro espiritual. Cada um pode sintonizar com sua vida, seu coração, angústias e esperanças, acertos e erros, meditando a partir da vida de Jesus e do seu caminho de dor, de cruz e de glória.

Tríduo Pascal são três momentos muito importantes. Eles formam uma única celebração. A Quinta-Feira Santa começa com o sinal da cruz e esse mesmo sinal da cruz só é feito novamente no fim do ritual do sábado à noite. Na quinta à noite temos o lava-pés e a última ceia. Nasce a missa ligada ao serviço. Mesa da partilha com lava-pés da fraternidade universal.

A Sexta-Feira Santa é um dia de silêncio, de meditação sobre a dor de Jesus e nela as dores nossas e da humanidade. É o sofrimento inocente que precisa de uma resposta. O jejum é um pouquinho no nosso sacrifício unido ao sacrifício de Jesus. É um dia de silêncio interior e exterior.

No Sábado Santo, à noite, temos a celebração da Ressurreição. É o dia mais importante do ano para a Igreja. É a Vigília Pascal, segundo Santo Agostinho, é “Mãe de todas as Vigílias”. É a festa da ressurreição, a passagem da morte para a vida, da tristeza para a alegria, da desolação para a esperança.

O Domingo de Páscoa e a semana que antecede a Páscoa são um convite para a continuidade da vida alegre em Jesus ressuscitado. Os rituais convidam a isso.

 

 

Padre Ezequiel Dal Pozzo

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