Brasília – Presidentes de sete países sul-americanos assinaram nessa sexta-feira (22) a Declaração de Santiago, que marca o início do processo de criação do Fórum para o Prosul (Progresso da América do Sul). Em discurso após a cúpula presidencial, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, disse que o Prosul se destina a “enfrentar problemas e assumir oportunidades” que são comuns aos países da região.
“Foi um bom dia para colaboração, diálogo e entendimento para integração na América do Sul”, disse Piñera, ressaltando que há cinco anos esse encontro não era realizado. Assinaram a declaração os presidentes de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru.
O presidente chileno reiterou que será um fórum que respeita as diferenças e diversidades dos países: “Sem ideologias, sem burocracias, pragmático e que vai buscar resultados para a região, em compromisso claro com a democracia, liberdade e respeito aos direitos humanos”.
Democracia
Segundo Piñera, o Prosul será aberto a todos os países da América do Sul, mas há requisitos essenciais, de acordo com a Declaração de Santiago: estar em plena vigência da democracia, com respeito à separação dos poderes do Estado, liberdade e direitos humanos, assim como o respeito à soberania e integridade territorial.
A nova comunidade de países sul-americanos substitui a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), paralisada há mais de dois anos. A proposta do Prosul, idealizada pelo presidente chileno, tem formato mais flexível, enxuto, menos oneroso e deve se dedicar a iniciativas concretas entre os países e ações conjuntas para integração e desenvolvimento da região.