Enquanto o País consolida uma divisão nunca vista antes, provocada e estimulada especialmente pelos grupos protagonistas das eleições à Presidência, de outro lado vemos um movimento ganhar cada vez mais força. São entidades e até autoridades que saem a público pedir paz.
Depois de magistrados e líderes das cortes supremas do País divulgarem uma carta à nação, pedindo justamente união e o fim da violência, ontem foi a vez de a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) tomar a frente para defender que a democracia seja respeitada e que valores como justiça e paz social sejam preservados. “Exortamos a que se deponham armas de ódio e de vingança que têm gerado um clima de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais”, frisa carta da entidade.
A três dias das eleições, o objetivo é levantar a bandeira branca e tentar acalmar os corações que foram consumidos por ódio irracional, que emergiu como uma gota d’água de tudo o que o País passa e passou nos últimos anos.
Infelizmente, o País precisava mesmo era de uma discussão sensata, propostas coerentes e responsáveis, serenidade, planejamento, coesão. Mas a eleição aconteceu na emoção e a razão foi esquecida.
Então a esperança agora é que a emoção volte a prevalecer, mas desta vez só as positivas, e o mais rápido possível, sob pena de um retrocesso de tantos direitos sociais conquistados a custo de muito sofrimento.
Que a voz dessas entidades e autoridades soe mais alto que os brados da destemperança e do ódio e que o Brasil volte a ser aquela nação pacífica e batalhadora.