Cotidiano

Seguindo recomendação, cesárea deverá ser última opção para gestantes

Nova regulamentação da ANS começou a valer na segunda-feira

Cascavel – Dos 2.086 partos realizados em Cascavel em, na rede pública e privada, 1.284 foram cesáreas e 799 partos normais. No ano passado foram 3.101 cesáreas e 1.798 partos normais. Seguindo a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a ANS (Agência Nacional de Saúde) pretende mudar esta realidade, pelo menos no que diz respeito aos atendimentos por planos de saúde.

Entrou em vigor na segunda-feira (6) uma série de medidas que visa diminuir o número de cesarianas, que somam 84,6% dos partos em convênios, quando o indicado pela OMS é de 15%.

Dentre as medidas está a exigência de que o médico preencha um partograma, mostrando a evolução do trabalho de parto. Além do cartão da gestante que deve conter informações detalhadas para que qualquer médico, além do que realizou o acompanhamento da gestação, possa realizar o parto.

Para o analista de produto de um plano de saúde Ângelo Masson, a medida vai apresentar resultado em longo prazo. No entanto, ele alega que será necessário um trabalho conjunto de conscientização.

“Se cada uma das mães realmente entender a gestação a partir de esclarecimentos e recomendações, o sucesso do parto normal vai ocorrer independente do médico que realizará o procedimento”, disse.

Atualmente, um dos principais empecilhos encontrados é a disponibilidade médica para acompanhar os partos normais que costumam ter horas de duração.

“Junto à nova regra, é necessário que os hospitais disponibilizem a estrutura necessária. Hoje em Cascavel apenas um hospital tem médico plantonista de madrugada”, explica o médico ginecologista e obstetra José de Jesus Lopes Viegas.

(Com informações de Nathalia Lehnen)