Cascavel – Apesar do oitavo desempenho no ranking estadual da balança comercial, Cascavel registrou queda nas exportações e no saldo da balança no primeiro semestre deste ano, confirmando as expectativas econômicas.
Os números foram divulgados na segunda-feira (14) pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). A única transação a registrar aumento, apesar de tímido, foi a das importações com acréscimo de 0,2%.
Se analisar as planilhas é possível perceber que foram comprados menos produtos em quilos, mas com o dólar supervalorizado eles custaram mais, então não houve aumento das importações, o que aumentou foi o preço dos produtos, analisa a economista Regina Martins.
A movimentação econômica para as importações cascavelenses foi de pouco mais de US$ 72,8 milhões. No primeiro semestre do ano passado havia sido US$ 72,6 milhões.
E nem este dólar mais valorizado perante o real fez com que as exportações cascavelenses ganhassem impulso, uma vez que o produto brasileiro fica mais competitivo e atrativo lá fora. No primeiro semestre de 2014, impulsionadas pela avicultura, foram quase US$ 227,6 milhões em transações comerciais. No primeiro semestre deste ano, ainda fortalecidas pelo mesmo setor, foram pouco menos de US$ 220,9 milhões, retração, portanto, de 3%.
Desta forma, o saldo da balança recuou 4,4%. Caiu de quase US$ 155 milhões para US$ 148 milhões.
É uma consequência direta. Se as importações crescem e as exportações caem, o saldo recua. O mais importante é que não temos boas expectativas para o semestre em curso. A crise continua e a tendência é desses números se manterem similares aos de 2014 ou até mesmo em queda, reforça a economista.
Destaques
A avicultura se mantém na vanguarda das exportações cascavelenses. De janeiro a junho passado foram quase US$ 92. A soja, mesmo triturada, foi a segunda colocada em vendas com US$ 42,6 milhões, seguida pelos adubos – fertilizantes – minerais ou químicos responsável por quase US$ 30 milhões em transações. Juntos os três setores responderam por quase 70% de todas as exportações locais.
(Com informações de Juliet Manfrin)