Curitiba – Lavar, passar, limpar o chão, cozinhar entre outras atividades do dia a dia, representam hoje muito mais do que sustento aos trabalhadores que prestam esse serviço, mas a conquista de direitos e o reconhecimento de uma profissão. No Dia Internacional do Trabalhador Doméstico, comemorado nesta quarta-feira (22), os benefícios à categoria são lembrados e a expectativa fica em torno das mudanças que virão.
O projeto de lei da Câmara dos Deputados que regulamenta a profissão foi aprovado no primeiro semestre deste ano. Alguns direitos contemplados pela legislação já estão vigor e outros passam a valer no mês de outubro.
As exigências aos patrões fizeram com que muitos optassem por outras maneiras de manter a casa em ordem.
Percebemos que houve demissão ou substituição. Alguns demitiram e outros trocaram a empregada mensalista por diarista, afirma o presidente do Sedep (Sindicato dos Empregados do Paraná), Bernardino de Carvalho.
Famílias da classe média baixa – classe D – tinham na sua maioria pelo menos uma diarista. Hoje, dado ao custo da folha de pagamento somado ainda à complexidade existente no tratamento da formalidade dessa relação, quem contrata é a classe A e B. Na classe C, não são mais do que 20% dos patrões, se comparados há dez anos, que hoje contratam.
Por outro lado, a equiparação de direitos trouxe para este seguimento profissionais de outras áreas e que aguardavam oportunidade de serviço.
Alguns até com curso superior hoje trabalham de empregado doméstico.
De acordo com dados do IBGE, em 2009 havia 421 mil trabalhadores domésticos no Paraná. Em 2011, o número caiu para 355 mil. No ano de 2012, o total chegou a 345 mil. Neste ano, a estimativa é de que o Paraná tenha 300 mil empregados.
(Com informações de Romulo Grigoli)