Cotidiano

De 43 acolhimentos, apenas seis foram reintegrados às famílias

Ao menos 50 famílias passam por capacitação mensal no Município

Cascavel – Desde 2006 o programa Família Acolhedora tem atendido crianças e adolescentes, em Cascavel. O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, também prestar acompanhamento à criança ou adolescente de zero a 17 anos acolhido em sua família de origem.

O trabalho que tem vínculo direto com a Justiça registrou, de janeiro a junho deste ano, 43 novos acolhimentos, sendo que apenas seis, ou seja, 14%, foram reintegrados à família de origem.

De acordo com a coordenadora do Família acolhedora Neusa Cerutti, os números costumam oscilam bastante. Em 2013 foram 129 novos acolhimentos com 53 reintegrados e no ano passado foram 114 novos casos com 34 reintegrados.

“Nosso maior objetivo é recolher temporariamente a criança ou adolescente. Tentamos de todas as formas manter o menor com sua família de origem, depois de esgotar todas as possibilidades nós encaminhamos para uma família capacitada”, afirma.

A capacitação com os acolhedores é feita toda semana e a média é de 50 famílias novas todo mês.

“Para se tonar uma família acolhedora é preciso fazer um cadastro e não ter nenhum antecedente criminal. Isso vale para todos os membros da família. Em seguida os candidatos passam por mais duas capacitações e entrevistas. Ao longo dos anos conseguimos aperfeiçoar o serviço e tivemos pouquíssimos problemas de quem viola os direitos das crianças e adolescentes”, reforça Cerutti.

Ainda segundo a coordenadora, a demanda hoje no serviço teria capacidade de dez abrigos.

“Se tivesse abrigos institucionais com lotação de até dez menores por instituição, nossa demanda deixaria todos lotados. A demanda também oscila assim como as idades das crianças e adolescentes recebidas pelo programa”, acrescenta.

Ajuda de custo

Cada família que acolhe a criança ou adolescente ganha um salário mínimo por mês, ou seja, R$ 788. Mas há casos em que o menor precisa de atendimento especial no caso de doença e a família recebe uma quantia maior.

(Com informações de Eliane Alexandrino)