Cascavel – As recentes manifestações e atos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) levaram entidades do setor produtivo do Oeste e de outras regiões do Paraná a elaborar novo documento reiterando posição contida em recente carta entregue a autoridades dos mais diversos setores do Paraná e do País e que alerta sobre perigos do não cumprimento de reintegrações de posse – 72 aguardam determinação do governador Beto Richa. Com os acontecimentos desta semana, o apelo é também pela total preservação da liberdade de imprensa.
Diante de excessos do Movimento Sem-Terra, do fechamento de cancelas à pichação dos muros de uma rádio em Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do Estado, as entidades elaboraram ofício, também enviado a autoridades de diversos segmentos, no qual reiteram a urgência da Justiça e do Estado em agir pelo cumprimento das leis e dos direitos democráticos assegurados pela Constituição. Caso nada seja feito, então o País, as instituições e as pessoas correrão sérios riscos, alerta o documento.
Em certo trecho, o ofício afirma o seguinte:
Em Quedas do Iguaçu, onde a história de uma cidade trabalhadora e progressista está em sério risco, o MST tem ditado as regras e elevado seriamente os índices de criminalidade. O clima é de enorme tensão. O policiamento, no caso específico de Quedas, precisa ser reforçado para garantir a segurança das pessoas de bem que lá vivem.
E segue:
E, pior, membros do Movimento Sem-Terra praticaram na última terça-feira um ato contra a democracia ao pichar os muros de uma emissora de rádio local. Caso princípios como os dos direitos à propriedade e da livre expressão forem perdidos, então o Brasil estará em sérios apuros.
Em 19 anos, o MST, fez cinco invasões à área da Araupel. O movimento já é dono de mais de 50 mil hectares que pertenciam à empresa. A Araupel dá emprego a mais de 1,2 mil trabalhadores e, apenas no último um ano, por conta dos atos do MST, acumula prejuízo superior a R$ 15 milhões.
(Com informações de Jean Paterno)