Cotidiano

Câmara de Vereadores tem competência para investigar Cisop

Pedido feito pelo consórcio de que a CPI fosse impedida de investigar foi negado

Cascavel – O pedido feito pela direção do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde) para que a CPI instaurada pela Câmara de Cascavel fosse impedida de investigar a instituição foi negado pela juíza da Vara da Fazenda Pública de Cascavel, Sandra Dall Molin Negrão.

“A CPI não se destina a investigar atos particulares, mas fatos que possuem ligação direta com o interesse público municipal […] Diante disso, não é razoável blindar o Cisop contra as investigações que versam essencialmente sobre o uso de verbas públicas municipais”, alegou a magistrada.

Em sua decisão, a juíza reforça que o trabalho da CPI criada pela Câmara – composta pelos vereadores Rômulo Quintino – presidente -, Jaime Vasatta – relator – e Jorge Bocasanta – membro – “não se desvia da esfera do estrito interesse público, sobretudo porque diz respeito às supostas irregularidades no emprego das verbas públicas despendidas pelo ente municipal em favor da parte autora [Cisop] – as quais são a maioria dos valores percebidos por ela [na ordem de 56% do total]”.

Gugu comemora

O presidente da Câmara, Gugu Bueno, comemorou a decisão afirmando que sempre confiou no discernimento do Poder Judiciário e, diante da manifestação, espera agora que o Cisop cumpra sua obrigação e não crie dificuldades para o trabalho dos vereadores.

Se a CPI continuar enfrentando resistência, Gugu adiantou que não restará outro caminho que não o de pedir o afastamento do presidente do Consórcio, Darci Tirelli, “por obstrução das investigações”.