Cascavel – Desde maio passado, os passageiros que utilizam os serviços da Azul Linhas Aéreas contam com três voos diários a menos saindo do Aeroporto de Cascavel para Curitiba e Campinas, em São Paulo.
A companhia alegou pelo segundo ano seguido que a suspensão foi necessária devido às condições meteorológicas e desta maneira estaria minimizando os impactos e riscos nas viagens e preservando a segurança de seus passageiros.
Além de Cascavel, as cidades de Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba também sofreram mudanças pela companhia. Em Cascavel a previsão é de que os voos voltem à normalidade no próximo dia 1º de setembro. São até cinco voos diários para Curitiba, Campinas e Guarulhos.
Para tentar levantar os motivos dos cancelamentos ou suspensões de voos da Azul, líderes políticos solicitaram uma reunião para esclarecimento junto com representantes da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), com a Azul e a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito).
O encontro acabou sendo cancelado devido ao falecimento do pai de um dos diretores da companhia.
Fizemos uma segunda tentativa, mas até o momento não tivemos êxito. Recebemos explicações da Azul em relação às suspensões dos voos, mas são muito superficiais. Queremos o contato pessoal, conversar pessoalmente já que informações extraoficiais apontam que a companhia não teria um seguro de baixo risco para aterrissar quando existe vento de travessa. Isso seria para contenção de gastos, comenta o deputado estadual do PSC Leonaldo Paranhos.
No ano passado a companhia já havia feito o cancelamento de voos pelo período de três meses e chegou a confirmar as especulações que os voos foram remanejados para atender o fluxo de passageiros em outras cidades devido à realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
Queremos explicações sobre os voos que são remanejados para Foz do Iguaçu e outros com longo período de atrasos, proporcionando desgaste aos usuários. Enviamos um pedido de notificação à Infraero e a mesma se ofereceu para participar desta reunião. Vamos buscar uma nova aprovação de outro requerimento em plenário, reforça Paranhos.
Azul
Em nota a Azul afirmou que o compromisso da empresa é proporcionar segurança aos clientes. E seguindo o seu padrão operacional, a empresa estabeleceu que suas operações de pousos e decolagens no Aeroporto de Cascavel só serão realizadas em condições de ventos na velocidade máxima de 25 nós, teto mínimo de 500 pés com visibilidade de 1,6 mil metros.
A Azul também lamentou que alguns voos que são alternados para outros aeroportos ou cancelados e tenham gerado transtornos aos clientes, mas as mudanças seriam necessárias para preservar a segurança dos passageiros.
(Com informações de Eliane Alexandrino)