Cotidiano

Presidente da Caciopar entrega a Carta do Oeste a parlamentares

O documento faz relato sobre a situação das invasões a terras produtivas

Guaíra – O presidente da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Sergio Marcucci, fez no fim de semana, em Guaíra, a entrega da Carta do Oeste a deputados, a presidentes e a representantes de entidades dos mais diversos setores que participaram de fórum sobre ratificação de áreas em faixa de fronteira e sobre direito à propriedade. Mais de duas mil pessoas participaram do encontro, no salão paroquial Navegantes.

Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado federal Sergio Souza, membro da Subcomissão de Assuntos Fundiários da Câmara. Sergio Marcucci repassou o documento ao parlamentar e pediu agilidade nas solicitações apresentadas.

“Ninguém quer ou é a favor de violência, mas essa questão, em função dos problemas que já provoca, pode levar a desfechos tráficos”, alertou o presidente da entidade.

Reintegrações

A Carta do Oeste foi extraída de reunião em Cascavel, com a participação de líderes e de produtores rurais do Extremo-Oeste e também da região de Quedas do Iguaçu, que enfrenta as consequências de invasões do Movimento Sem-Terra.

O documento faz relato sobre a situação das invasões a terras produtivas, das consequências e prejuízos que já trouxeram e dos riscos que podem ocorrer caso as reintegrações já autorizadas pela Justiça não ocorram, e logo. São 72 que aguardam a decisão do Estado de retirar os invasores e de devolver as áreas aos seus legítimos donos.

O documento pede também a aprovação, pelo Congresso, das PECs 71 e 215. A 71 pede que, em caso de desapropriação por motivos de demarcação, que as áreas sejam pagas aos agricultores segundo preço de mercado, além das benfeitorias. A 215 retira da Funai (Fundação Nacional do Índio) e repassa ao Congresso a responsabilidade de decidir sobre novas demarcações de possíveis terras indígenas.

“A lei e a Justiça precisam prevalecer, caso contrário um sério caos se instalará no Paraná. E ninguém ganhará com isso. Todos temos muito a perder”, afirmou Sergio Marcucci.