Cascavel – O futuro do SIM-PR (Serviço Integrado de Saúde Mental) ainda é incerto. Na quarta-feira (26), representantes do Comad (Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas), Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná), do SIM-PR e conselheiros da saúde mental de Cascavel realizaram reunião para discutir o futuro da instituição, que foi inaugurada há sete meses e que pode fechar as portas em 15 dias.
A esperança é que na próxima segunda-feira (31), uma reunião que será realizada em Curitiba com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, com o prefeito Edgar Bueno, o coordenador regional do Governo em Cascavel, Severino Folador, e o presidente do Cisop, Darci Tirelli, dê uma resolução provisória para esse impasse enquanto o governo federal não habilita o serviço.
A dívida do SIM-PR com o Cisop deve chegar a R$ 700 mil com as rescisões dos 45 servidores que assinaram o aviso prévio na terça-feira (25). O consórcio foi o responsável durante esse tempo por fazer a manutenção da instituição enquanto a verba da União não era repassada.
Em outubro, um representante do Ministério da Saúde deveria vir visitar o local, e a visita deverá ser antecipada para setembro. Porém, isso não significa que esse recurso começará a entrar logo em seguida, informou o presidente do Comad, Fernando Halberg.
O coordenador-geral do Governo em Cascavel, Severino Folador, garante que a posição do Governo do Estado é não deixar o serviço fechar.
A União não cumpriu compromisso de fazer o repasse. Se propormos buscar uma alternativa jurídica para que o serviço funcione por mais seis meses, há o risco de que, neste período, não seja feita a habilitação e o Cisop teria que arcar com os custos. Só a rescisão teria um aumento de R$ 400 mil, explica.
A coordenadora do SIM-PR, Maria Vilma Aguirre, teme que diante dessa situação, funcionários sejam perdidos.
Depois que você assina o aviso prévio o tempo corre mais rápido. Nós precisamos que essa verba entre até o dia 16 de setembro, pois corremos o risco de perder uma equipe que já foi capacitada e que já está interada sobre o funcionamento do serviço, lamenta.
Repasse de verbas
Para o Estado, a segunda opção seria aumentar a verba repassada pelo Consus (Consórcio Municipal de Saúde), porém esse recurso não poderia ser utilizado para a folha de pagamento.
A folha de pagamento representa hoje o maior custo do SIM-PR. Nós ficamos sem opção, diz Maria Vilma.
Caso o programa seja habilitado pelo Ministério da Saúde, Halberg diz que a verba necessária até o fim do ano seria de R$ 2 milhões.
Se politicamente o Governo do Estado fizer esse aporte, essa verba deve ser de R$ 240 mil iniciais, até que o Ministério credencie o programa.
(Com informações de Nathalia Lehnen)