Cascavel – Aos 67 anos, o cascavelense Iovanderlei Pereira Bonfim ganhou um novo dia para celebrar a vida. Isso porque no início do mês de agosto ele passou por um transplante hepático que, apesar dos riscos, foi um sucesso e ofereceu uma nova oportunidade ao policial rodoviário federal aposentado.
Agora, ele passa pelo período de recuperação, e aguarda em Campina Grande do Sul, onde realizou a cirurgia, o esperado retorno a Cascavel.
Há cinco anos, Iovanderlei foi surpreendido por uma alteração no fígado, que posteriormente se revelaria a um câncer no órgão.
Quando ainda trabalhava fui obrigado a me aposentar por motivos de perseguição. Depois de alguns anos eu decidi voltar a trabalhar, e fazendo as tradicionais baterias de exames foi constatada uma alteração, lembra.
Foi então em 2013, na Uoppecan (Hospital do Câncer de Cascavel), que ele iniciou o tratamento.
Os médicos me deram cerca de um ano de vida e eu entrei na fila para o transplante, explica.
Iovanderlei conta que a espera para o novo fígado não foi longa, mas preocupante devido ao seu estado de saúde.
O doador viria de Campina Grande da Lagoa. Então eu fui levado para lá e durante todo o caminho fui escoltado por batedores da Polícia Rodoviária Federal.
Quando chegou à cidade que fica a 500 quilômetros de Cascavel, Iovanderlei conta que o socorro ocorreu na hora exata.
A equipe médica informou que se eu tivesse chegado 30 minutos depois talvez não tivesse dado tempo.
Após o transplante, o aposentado ainda teve uma parada cardíaca dando início então a uma recuperação milagrosa, conforme relatou a própria equipe médica.
Após os 60 dias de acompanhamento, Iovanderlei poderá retornar a Cascavel, onde vive com a esposa, que o acompanha no tratamento, e três filhos que o aguardam na cidade.
Primeiro eu agradeço a Deus, à minha família e toda equipe médica, tanto da Uoppecan quanto do Hospital Angelina Caron, diz.
Após o susto, ele diz que o que fica é o aprendizado.
Espero que as pessoas se conscientizem. Façam exames de rotina e não esperem que o corpo tenha alguma reação estranha para buscar ajuda, a prevenção ainda é o melhor remédio.
Quanto ao responsável por salvar sua vida, o doador, ele também agradece.
Como se trata de uma informação sigilosa, não consegui conhecer a família do doador. Mas peço que as pessoas se declarem doadoras, alerta.
(Com informações de Nathalia Lehnen)