Agricultores fizeram protesto no fim da tarde desta segunda-feira em frente ao portão que dá acesso ao canteiro de obras da Usina de Baixo Iguaçu, em Capanema. Eles reclamam da demora na definição de acordo sobre indenizações das áreas que serão tomados pelo empreendimento.
As negociações se arrastam há mais de três anos. As principais discordâncias estão quanto aos valores das indenizações e quanto à formação de assentamentos coletivos. No ano passado, houve momentos de tensão e famílias ficaram por 38 dias acampadas na frente do acesso ao canteiro. Em represália, a empresa demitiu cerca de 1.5 mil trabalhadores.
Havia a expectativa de que o fim do bloqueio reabrisse o diálogo. As contratações retornaram, mas as negociações sobre as indenizações não avançaram. Os agricultores temem não receber as indenizações devidas.
No protesto desta segunda-feira, guarita e escritório da empresa foram depredados. Fontes da Assembleia e do governo reconhecem a crise e ainda apostam em uma saída negociada. Há os que defendem a paralisação das obras da usina até que a situação seja resolvida.
A obra está em construção no rio Iguaçu entre Capanema e Capitão Leônidas Marques. Ela está orçada em 1.7 bilhão de reais. A usina deve ficar pronta em 2018. Ela terá capacidade para abastecer um milhão de consumidores.
