SÃO PAULO A Polícia de São José dos Campos, cidade do interior paulista, investiga um caso de estupro contra uma advogada de 25 anos na última terça-feira quando ela saía do trabalho. O suspeito está foragido.
De acordo com o registro policial, a vítima foi abordada quando entrava no carro, por volta das 12h30. O suspeito ordenou que a jovem abrisse a porta do carona. Aos policiais a advogada informou que, inicialmente, ele dizia que queria apenas roubar o carro e ir a um caixa eletrônico sacar dinheiro.
Quando argumentou que não tinha dinheiro, o suspeito a obrigou a dirigir até uma estrada que liga São José dos Campos à cidade de Caçapava, onde ela foi violentada.
Eu disse que ele poderia ficar com tudo, meu carro, meu dinheiro, menos me tocar. Estava esperando para que, de alguma forma, alguém percebesse ou que a polícia chegasse, mas ninguém viu disse a advogada em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, sem mostrar o rosto.
Assim que foi liberada pelo suspeito, seguiu para a Delegacia de Defesa da Mulher, onde registrou um boletim de ocorrência.
Toda mulher tem que ter coragem, fazer B.O sim, ir na delegacia para poder acabar com essa cultura do estupro que vivemos hoje disse a jovem à TV.
Procurada, a delegada responsável pelo caso não quis fazer comentários para não atrapalhar o andamento das investigações. A polícia trabalha agora para reconhecer e prender o suspeito.
Na quarta-feira, durante coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou que vai aumentar o número de policiais para combater crimes contra a mulher.
Ampliaríamos o número de policiais militares e civis com dedicação exclusiva a esse tipo de crime nas localidades onde detectamos mancha de criminalidade envolvendo violência doméstica. Essa é uma das primeiras ações que acredito que, em breve, será colocada em ação.
Somente em 2015, foram registrados 9.265 casos de estupro em todo o estado de São Paulo. Entre janeiro e abril deste ano 3.242 ocorrências chegaram ao conhecimento das autoridades policiais.
Na quarta-feira, um grupo de mulheres realizou um ato contra a cultura do estupro simultaneamente no Rio e São Paulo. Elas protestavam contra o estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos.