Cascavel – O caldo parece ter entornado de vez para o lado do presidente do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) e prefeito de Diamante do Sul, Darci Tirelli.
Integrantes da CPI criada pela Câmara de Cascavel estiveram na sede do Consórcio, na terça-feira (22), e constataram uma série de irregularidades que poderão culminar com um pedido à Justiça para a destituição da atual diretoria.
Em visita-surpresa, feita para apurar algumas denúncias, os vereadores Romulo Quintino e Jaime Vasatta puderam conferir pessoalmente algumas falhas graves, dentre elas a existência de equipamentos – eletromiógrafo, autoclave, aparelho de eletroencefalografia, Holter cardíaco e outros – adquiridos ainda em 2012 por mais de R$ 130 mil e que permanecem até hoje encaixotados, enquanto o Consórcio segue contratando esses serviços de clínicas particulares.
No local os vereadores encontraram estagiários oriundos de Diamante do Sul, a cidade do atual presidente, bem como de obras literárias sobre Direito adquiridas com recursos públicos para serem colocadas à disposição da ex-estagiária Mirlaine Koprowski, estudante da área e sobrinha de Tirelli.
Trata-se de usar a estrutura e as verbas do Cisop em benefício próprio, apontou o presidente da CPI, Romulo Quintino, sugerindo em seguida que Tirelli saia do Cisop e volte para Diamante do Oeste.
Outros problemas
A CPI do Cisop também constatou outros problemas como, por exemplo, a existência de um médico ortopedista que recebe por até 800 consultas mensais – cada uma, teoricamente, com duração de menos de cinco minutos -, enquanto outros fazem em torno de 200 consultas em igual período. Outro caso que chamou a atenção da CPI é a contratação de uma empresa de assessoria de imprensa por R$ 7 mil mensais.