Cotidiano

Vereadores da CPI do Cisop continuam sendo ameaçados após denúncia

Romulo Quintino ressaltou que comissão não deixará de cumprir o seu papel

Cascavel – Embora não fizesse parte da pauta, a CPI do caso Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) foi o principal destaque da reunião de segunda-feira (28) da Câmara de Cascavel.

Em pronunciamento, o presidente da comissão, vereador Romulo Quintino, disse que investigar as denúncias que chegaram ao Legislativo “é uma resposta à revolta dos usuários do sistema público de saúde submetidos à espera de até dois anos para serem atendidos”.

O fato novo foi a revelação de que as ameaças via SMS aos integrantes da CPI continuaram sendo enviadas mesmo depois que o caso foi denunciado à Polícia Civil, na semana passada. Ele ressaltou, no entanto, que a comissão não deixará de cumprir o seu papel por causa disso.

“Continuaremos nosso trabalho até o fim, apesar do risco que nós e nossas famílias estamos correndo”, garantiu.

Para Quintino, ficou claro desde o início que ele e seus companheiros de CPI (Jaime Vasatta e Jorge Bocasanta) iriam mexer com os interesses de poderosos, incluindo médicos, servidores, administradores e grandes clinicas.

A CPI recebeu muitas denúncias pelos canais abertos à comunidade e seus membros foram de madrugada acompanhar o atendimento, confirmando a existência de falhas.

“Aí vieram algumas constatações, como a aquisição de livros de Direito para uso de uma estagiária que é sobrinha do presidente do Cisop, Darci Tirelli”, relatou.

Equipamentos e remédios

Na visita ao consórcio os membros da CPI identificaram outros problemas, como a existência de R$ 300 mil em equipamentos adquiridos em 2013 e que seguem encaixotados até hoje, enquanto o Cisop continua contratando exames de clínicas particulares que poderiam ser feitos no próprio consórcio.

Romulo também apontou para relações suspeitas do Cisop com empresas fornecedoras de medicamentos, em especial a Fernamed, cujo proprietário foi preso pelo Gaeco após se envolver num escândalo de desvio de recursos por meio de contratos firmados com a Prefeitura de Ibema.