Cotidiano

Venda de carros novos tem queda de 23% no Paraná e 26% no Oeste

Crise econômica inviabiliza venda de veículos novos pelas concessionárias

Curitiba – O cenário desfavorável reduz negociações e vendas. Concessionárias de veículos sentem o impacto diante da queda na venda dos modelos zero quilômetro. Segundo dados do Detran-PR, nos primeiros oito meses de 2015 houve diminuição de 23% em emplacamentos no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado. De 155.017 veículos emplacados, o número recuou para 119.017.

No Oeste, a redução foi de 26%, considerando que 21.199 veículos novos deixaram as revendas de janeiro a agosto de 2014 e neste ano, 16.330. Para sobreviver às dificuldades, concessionárias contém gastos e fazem promoções.

“A economia precisa ser feita da compra de materiais de expediente, consumos de luz e água até a readequação do quadro de colaboradores”, afirma o presidente do Sindicov-PR (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná), Marcos da Silva Ramos.

O período mais crítico de vendas no Estado foi fevereiro com 9.790 emplacamentos de automóveis, de acordo com o Detran. Em relação ao ano passado, quando foram emplacados 13.677, a queda chega a 28% nas negociações.

No Oeste, os meses com menor número de emplacamentos neste ano foram maio (1.282) e fevereiro (1.649). No município de Iguatu, nenhum veículo novo foi registrado em fevereiro e em São José das Palmeiras não houve emplacamento em abril.

Aposta em usados

Além de reverter custos, outra medida adotada por empresas foi a profissionalização dos departamentos de seminovos, peças e serviços. São nichos de mercado que geram maior lucratividade para o segmento, giro financeiro, e que também fidelizam o consumidor, já que as concessionárias são altamente capacitadas para realizar o processo de vendas e pós-vendas.

Perspectiva de mercado

Apesar dos indícios de que a comercialização de automóveis novos em 2015 será inferior ao ano passado, o Sindicov-PR aguarda pelos meses seguintes para dimensionar resultados. O último trimestre representa o período de bonança do setor no ano, devido ao 13º salário, lançamentos das montadoras, que sempre alavancam vendas, e esforços dos distribuidores em realizar promoções e benefícios ao cliente. Para 2016, a expectativa é de um primeiro semestre instável e melhorias de resultados para o segundo semestre.

(Com informações de Romulo Grigoli)