Cotidiano

Câncer mata dez mulheres por mês na região Oeste do Estado

Os dois tipos da doença que mais mataram no ano passado foram os de mama e de colo de útero

Foz do Iguaçu – O movimento Outubro Rosa segue com o intuito de incentivar a participação do público feminino nos exames para diagnóstico precoce do câncer, principalmente, o de mama.

As mulheres mais jovens procuram muito mais pelas unidades de saúde, do que o grupo na faixa etária de 55 anos em diante que apresenta as maiores estatísticas de óbitos e de tratamentos tardios.

Na região Oeste, foram registrados 115 óbitos por neoplasia maligna da mama no ano passado, conforme o SIM (Sistema de Informação Sobre Mortalidade) das regionais de saúde.

Os dados preliminares de 2015 apontam 59 óbitos por esse tipo de câncer. No ano passado, 41 mulheres da região também morreram em decorrência da neoplasia maligna do colo do útero e até o dia 5 de outubro deste ano foram 24 óbitos.

A coordenadora regional das ações de prevenção do câncer ginecológico da 9ª Regional de Saúde, Aldamira Affornalli, ressalta a importância de mulheres, sobretudo, nas idades de mais riscos, procurar o médico.

“Mulheres com vida sexual ativa e em idade de engravidar procuram muito mais os exames do que idosas. Ainda precisamos atingir o público acima de 65 anos, porque nele está o maior índice de mortalidade e de menor procura de serviços de saúde”, afirma.

Segundo Aldamira, a participação de toda a sociedade na campanha deste mês contribui para maior conscientização da população sobre os cuidados para a detecção do câncer de mama e do colo do útero.

“O Outubro Rosa é importante para sensibilizar a se buscar exames para detecção precoce dos cânceres. No entanto, é preciso ressaltar que a mamografia ou o exame de preventivo do colo do útero, não têm efeito de tratamento, tampouco fazem prevenção da doença”, esclarece Aldamira.

No ano passado, o número de mamografias realizadas entre mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos no Oeste do Paraná chegou a 29.756. As regionais de saúde também contabilizaram 70.529 exames citopatológicos do colo do útero na faixa etária de 25 a 64 anos.

(Com informações de Romulo Grigoli)