Cascavel – Nesta terça-feira (20), os bancários entraram no 15º dia de greve, deflagrada dia 6 deste mês. Na base do Sindicato de Cascavel, composta por 24 municípios, na segunda-feira (19) subiu de 75 para 86 o número de agências e PABs (Postos de Atendimento Bancário) fechados, já que mais 11 unidades bancárias aderiram à greve em Guaraniaçu (4), Catanduvas (3).
Três Barras do Paraná (3) e Campina da Lagoa (1). Até sexta-feira (16), já estavam fechadas agências e PABs em Cascavel, Cafelândia, Matelândia, Corbélia, Ubiratã, Céu Azul, Santa Tereza e Vera Cruz do Oeste.
No Paraná, o movimento paredista já havia fechado 1.240 agências e 11 centros administrativos na sexta-feira. No País, os números de sexta mostravam 12.277 agências e 44 centros administrativos em todo o País.
Negociação sem novidade
Em relação à retomada das negociações, o presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região e da Federação do Paraná, Gladir Basso, informa que “não temos nenhum sinal de nova negociação com a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos]”.
Este silêncio, observa Gladir, ocorre mesmo depois que o comando nacional solicitou por duas vezes a retomada das negociações com os banqueiros.
“O fortalecimento da greve em Cascavel e região, no Estado e no País, é uma resposta firme da classe à intransigência dos banqueiros”, afirmou Gladir Basso.
Nesta campanha salarial, a única proposta apresentada pelos bancos se deu dia 25 de setembro, prevendo 5,5% de reajuste mais abono de R$ 2.500,00. Esse índice, segundo o dirigente sindical, representa perda de 4% aos bancários, já que a inflação medida pelo INPC dos últimos doze meses foi de 9,88%. A categoria reivindica o INPC mais aumento real de 5,7%, totalizando 16%.
