Cascavel – O período de greve dos professores da rede pública estadual, que seguiu de fevereiro a junho deste ano, atrasou o término do ano letivo de centenas de estudantes, obrigando-os a rever cronogramas de atividades, reorganização de conteúdos e até mesmo datas para processos seletivos.
Na quinta-feira (29), ao completar seis meses de incidente envolvendo docentes em Curitiba, a categoria ameaçou parar mais uma vez, durante protesto na avenida Brasil, em Cascavel.
O propósito agora é outro: a possibilidade de fechamento de 71 escolas no Paraná, incluindo unidades do EJA (Educação para Jovens e Adultos) e instituições localizadas em comunidades rurais.
O fechamento de uma escola é um ato fúnebre, a morte da ciência e da cultura. Enquanto o Estado pretende otimizar recursos, os alunos terão que frequentar salas de aula lotadas, com profissionais cada vez mais sobrecarregados. É muito difícil ensinar dessa forma, e caso o governo não cumpra com o que foi dito durante a nossa paralisação, a greve não está descartada antes mesmo do início do próximo ano letivo, relata o presidente da APP-Sindicato de Cascavel, Paulino Pereira da Luz.