Cascavel – As dificuldades financeiras que os municípios enfrentam em razão da crise que atinge todo o País foram discutidas na sexta-feira (6) por prefeitos da região em reunião a portas fechadas na Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná).
A queda nos repasses governamentais, sobretudo do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), somada às despesas com o reajuste de quase 60% na energia elétrica, tem comprometido o orçamento das prefeituras.
Próximos ao fim do ano, prefeitos têm dificuldades para encontrar uma saída para honrar compromissos como o 13º salário do funcionalismo público e deixar as contas em dia.
Em 2014 tínhamos o recurso depositado e neste ano ainda não conseguimos, revelou o presidente da Amop e prefeito de Santa Tereza do Oeste, Amarildo Rigolin.
Diante desse cenário, cada município deverá buscar alternativas próprias para minimizar a situação.
Cortamos os trabalhos no parque de máquinas, horas-extras e estamos leiloando alguns imóveis para poder fechar a conta de final de ano, acrescentou.
Além dessas medidas, o expediente na Prefeitura de Santa Tereza foi reduzido.
Estamos atendendo em turno único, das 7h às 13h, e outros prefeitos também já adotaram essa medida, acrescentou o presidente da Amop.
Obras suspensas
Obras que já estavam licitadas também foram suspensas pela falta de recursos.
O maior problema não é de nossa responsabilidade, mas das esferas estadual e federal, que não estão nos pagando e a população nos cobra por isso, afirmou o prefeito de Tupãssi, José Carlos Mariussi.
Só o governo federal, segundo ele, deve ao município cerca de R$ 2 milhões.
É um montante significativo. Vamos conseguir encerrar o ano sem cortar serviços públicos, mas para 2016 não sabemos o que será feito. A crise é grave e os governos precisam olhar com mais atenção aos municípios se não todos encerrarão o ano com dívidas e contas reprovadas, acrescentou Rigolin.