Toledo – Quase um milhão de brasileiros trabalham hoje por conta própria, uma iniciativa que em inúmeros casos foi provocada pelo desemprego e a queda na abertura de novas vagas. Setores que antes possuíam índices elevados de formalizações enfrentam uma das piores crises, e para tentar conter ou evitar prejuízos reduzem drasticamente a mão de obra.
Os números de solicitações de seguro-desemprego da Seds (Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Paraná) exemplificam o impacto que a recessão econômica vem gerando entre milhares de trabalhadores.
Em todo o Estado até o momento foram solicitados 347.313 pedidos de seguro-desemprego, 8,74% a mais se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o número de solicitações chegou a 319.394. A região Oeste responde por 11% desse total, com 39.918 pedidos de janeiro a agosto, o mais recente levantamento estadual. Em 2014, foram 35.086, quase 14% a menos.
Conforme a Seds, a maioria das solicitações de seguro-desemprego ocorreu entre a população de 40 a 49 anos, que representam um universo de 56.547 pessoas. Já no ano anterior, a faixa etária mais atingida pelo desemprego foi a de 30 a 39 anos, com 96.863 solicitações.
Em setembro
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de setembro registraram novamente queda nas formalizações. Segundo o levantamento, na região 527 postos de trabalho foram fechados, afetando principalmente a indústria de transformação, responsável pela extinção de 345 vagas no Oeste.
O mesmo ocorreu nas outras regiões do Paraná. As 92.963 admissões menos as 101.435 demissões resultaram em um saldo negativo de 8.472 postos. A onda de demissões segue pelo sexto mês consecutivo, conforme aponta o Ministério do Trabalho e Emprego.