Céu Azul – O mais recente levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra que o Paraná possui apenas 13% de área natural, incluindo extensões de mangue e restinga. Em hectares, isso representa pouco mais de 2,54 milhões de todo o território do Estado, que ultrapassa os 19 milhões de hectares.
Entre os dez municípios paranaenses que conseguiram manter as maiores áreas remanescentes de Mata Atlântica, três são do Oeste. A cidade de Céu Azul, com mais de dez mil habitantes, divide o quarto lugar no ranking com o município de Matinhos, parte litorânea do Paraná, e tem o melhor resultado da região. O total preservado chega a 85.600 hectares de mata, 73% da área original.
O município, que é lindeiro do Parque Nacional do Iguaçu, exerce desde 2004 papel fundamental na conservação dessas reservas ambientais. A Casa de Estudo, um projeto em parceria com o ICMBio (Instituto de Conservação do Meio Ambiente e da Biodiversidade), recebe alunos e pesquisadores nas áreas do PNI, com simples propósito de proteger e preservar a fauna e a flora.
“Fazemos um trabalho de preservação ambiental, com palestras, trilhas, pesquisas científicas e visitas técnicas. Por ano, geralmente são recebidas duas mil pessoas”, relata a bióloga Dilce Ferrari.
As últimas pesquisas realizadas nas áreas remanescentes envolveram araucárias, insetos e felinos.
O mesmo ocorre em Serranópolis do Iguaçu, que anterior ao fechamento da Estrada do Colono, no início da década de 2000, era o principal trajeto entre as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, em um percurso de aproximadamente 20 quilômetros, com travessia pela balsa, no rio Iguaçu. Hoje, para chegar ao Porto Moisés Lupion, em Capanema – antigo local de embarque e desembarque – é necessário vencer cerca de duas horas e mais de 200 quilômetros.
Atualmente, o trecho está encoberto por mata e é hábitat de inúmeras espécies. Apesar da proibição, o município prioriza ações de combate ao desmatamento a partir da Escola-Parque, projeto idealizado pela Itaipu Binacional, que engloba programas de preservação de áreas de reserva legal e de preservação permanente.
“A população de Serranópolis é muito consciente no que se refere ao meio ambiente. As crianças já são ensinadas na escola a cuidar das áreas remanescentes, que em sua maioria fazem parte do PNI”, explica o secretário de Meio Ambiente, Valdeci Luiz Sehn.
Em Serranópolis do Iguaçu, 60% das áreas remanescentes da Mata Atlântica estão protegidos, o equivalente a 28,9 mil hectares de mata, o que coloca o município como o sexto que mais preserva no Paraná. Em seguida, na sétima colocação está Matelândia, com 49% da mata preservada.
Piores índices
Na região, o pior índice de preservação de remanescentes da Mata Atlântica, conforme pesquisa, fica por conta do município de Tupãssi, que lidera neste quesito, com apenas 279 hectares, ou 1% da área original. Outras oito cidades – Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Cafelândia, Formosa e Iracema do Oeste, Jesuítas e Maripá – dividem o posto de segunda colocada, com 2%. O total de hectares preservados difere de um município a outro.
Piores índices
Na região, o pior índice de preservação de remanescentes da Mata Atlântica, conforme pesquisa, fica por conta do município de Tupãssi, que lidera neste quesito, com apenas 279 hectares, ou 1% da área original. Outras oito cidades – Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Cafelândia, Formosa e Iracema do Oeste, Jesuítas e Maripá – dividem o posto de segunda colocada, com 2%. O total de hectares preservados difere de um município a outro.
Fauna
O Parque Nacional do Iguaçu abriga, em seus diferentes ambientes, cerca de 800 espécies de borboletas, 257 delas já identificadas, além de 70 espécies de peixes, 25 de anfíbios, oito de lagartos e três de quelônios. As espécies de aves chegam a 240 e as de mamíferos a 50.
(Com informações de Marina Kessler)
