Cascavel – A manicure Sonia Valenciano Cruz pagou R$ 65 pelo último botijão de gás comprado no mês passado. Segundo ela, o produto não chega a durar 40 dias. Preocupada, não sabe mais como economizar já que o gás só vem subindo.
Depois da energia elétrica e água, o gás tem nos dado bastante dor de cabeça. É difícil poupar, pois utilizamos para cozinhar todos os dias. Até deixei de assar bolos e tortas para economizar. Não sabemos o que vamos fazer. Se continuar subindo como está, o jeito será comer fora todos os dias, critica.
A reclamação da manicure é justificável, pois em janeiro passado uma carga de 13 quilos do produto era comercializada a R$ 45, depois saltou para R$ 55 em junho e recentemente para R$ 65.
O reajuste é extremamente abusivo pelo governo federal e indústrias. Quase toda semana o produto sofre oscilação nos preços. Os nossos clientes não têm conhecimento, pois seguramos o preço para manter a demanda nas vendas, comenta o gerente de uma revenda de gás na região sul de Cascavel, Hércules Brás.
De janeiro até o momento, o produto já sofreu um reajuste de 44% no GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). O reajuste na carga não afeta apenas as donas de casas, mas todo o comércio que envolve alimentação.0
A Petrobras chegou a afirmar que o aumento não ocorria há 12 anos e o preço ao consumidor vem acompanhando os reajustes de distribuidores e revendedores.
Isso é o que a Petrobras argumenta, mas a realidade é outra. Como disse, toda semana sofreremos reajustes de R$ 0,03 até R$ 0,10 por carga. Como não passamos para ao consumidor arcamos com os prejuízos, e às vezes essa diferença pode chegar a R$ 1 mil por mês. Com certeza, estamos com medo de novos reajustes, acrescenta Brás.
De acordo com os revendedores, o valor real do produto com a cobrança dos impostos deveria estar sendo comercializado em R$ 71,20.
(Com informações de Eliane Alexandrino)