Medianeira – O movimento nacional dos caminhoneiros, que começou na segunda-feira (9), e segue em oito estados brasileiros, não tem a mesma força no Oeste paranaense. Isso porque dos três bloqueios organizados no primeiro dia apenas um foi mantido na terça-feira (10), na BR-277, em Medianeira.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os bloqueios interditaram os dois lados da via e trafegavam apenas veículos de passeio, de emergência e cargas vivas. Os caminhões permaneciam parados por duas horas, quando a pista era liberada. A última interdição ocorreu às 16h.
Já na BR-163 em Capitão Leônidas Marques, e no trecho da BR-277 em Cascavel próximo ao Trevo Cataratas, nenhum bloqueio foi estabelecido. Juntas, as duas manifestações reuniram na segunda aproximadamente 200 pessoas.
O que pode ter mudado os ânimos dos manifestantes foi a determinação de multa de R$ 1.915 aos caminhoneiros que bloquearem estradas, anunciada pelo governo federal.
Além da punição, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo orientou a PRF a liberar as vias interditadas. Apesar da possibilidade de multa, que foi aplicada nas manifestações de fevereiro, a categoria manterá a greve por tempo indeterminado.
Segundo o Comando Nacional do Transporte, movimento independente que organiza os protestos em todo o Brasil, as paralisações só serão encerradas quando houver a renúncia da presidente Dilma Rousseff, um dos principais motes da categoria.
Entidades repudiam a greve
A Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e a Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) emitiram nota conjunta de repúdio aos bloqueios iniciados pelos caminhoneiros na segunda-feira (9) em 14 estados brasileiros.
As duas entidades, segundo a nota, são contra a deflagração da greve visto às dificuldades já enfrentadas em todo o País, agravadas pela crise econômica.
(Com informações de Marina Kessler)