Curitiba– No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), a Secretaria de Estado da Saúde alerta para o perigo do consumo excessivo de açúcar, que aumenta o número de diabéticos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os índices mais altos de consumo de açúcar estão na América do Sul, com uma média de 131 gramas diárias quase três vezes mais do que o máximo recomendado.
Somos um dos maiores consumidores de açúcar do mundo e isso faz com que os casos de diabetes aumentem cada vez mais no País, diz o cardiologista da Secretaria da Saúde do Paraná, André Langowski.
No Brasil, a doença acomete 8,6% da população, ou seja, há mais de 11 milhões de pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue. Desses diabéticos, 90% são portadores do tipo 2, que é associada ao estilo de vida.
A média de consumo mundial é de 63 gramas de açúcar por dia, mas a recomendação da OMS é de que não ultrapasse 50 gramas diárias. Em um cenário ideal, esse índice deveria ser menor do que 25 gramas.
Para Langowski, os principais vilões desses números elevados no Brasil são os refrigerantes, o açúcar adicionado ao café e o paladar brasileiro acostumado a doces com quantidades excessivas de açúcar, quando comparado aos hábitos em outros países. Apenas uma lata de refrigerante pode superar a recomendação ideal diária da OMS para um adulto.
Além dos maus hábitos alimentares, o sedentarismo e a obesidade também são responsáveis pelo aumento dos casos.
Antes o diabetes era esperado apenas em pessoas mais velhas, geralmente acima de 60 anos, assim como a hipertensão. Hoje em dia já é comum diagnosticarmos em pacientes bem mais jovens, explica Langowski.