Policial

Reviravolta faz julgamento ser adiado

O promotor estendeu um longo pergaminho desde o meio do tribunal até a porta de entrada do plenário

Curitiba – A decisão sobre o destino de Alessandro Meneghel, réu confesso da morte do policial federal Alexandre Drummond Barbosa, em 2012, foi novamente adiada. Ontem, quando o julgamento já se encaminhava para o fim, o juiz Leonardo Bechara, suspendeu o júri popular do ruralista após a defesa alegar que a acusação teria infringido a lei processual. Após quase 20 horas, o júri já se encaminhava para o final quando houve a reviravolta.

No embate entre as duas partes, o promotor Lucas Cavini exibiu um documento – denominado oráculo – aos jurados, contendo os antecedentes criminais de Meneghel.

O promotor estendeu um longo pergaminho desde o meio do tribunal até a porta de entrada do plenário.

O advogado de defesa, Cláudio Dalledone, alegou que a atitude da acusação seria uma “cena” e que o documento não poderia ser apresentado, porque não constava nos autos. Por duas vezes, Dalledone pediu ao juiz a dissolução do júri. Após duas negativas, o advogado se retirou do tribunal, forçando a interrupção do julgamento. A Promotoria, por sua vez, rebate a afirmação, alegando que o documento estaria, sim, anexado ao processo.

Ainda não há uma nova data para o julgamento.

 O juiz Leonardo Bechara afirmou à imprensa que tomará decisões hoje. Além de uma nova data para o júri popular, o magistrado deve se posicionar, também hoje, sobre o pedido de prisão de Meneghel, feito pelo Ministério Público. A Promotoria afirma que o réu, que está em prisão domiciliar, estaria tumultuando o andamento do processo.