O prefeito do Rio, Eduardo Paes, entregou a chave dos velódromo neste domingo, por volta das 10h, ao presidente do comitê Rio-2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.
O velódromo, ainda inacabado, foi apresentando à imprensa como quase pronto. Porém, os jornalistas ficaram restritos a apenas uma área. Panos pretos e verdes foram usados para cobrir a grande parte ainda em obra.
Durante a manhã, atletas testavam a pista e a tecnologia do velódromo, já que por causa dos atrasos não houve evento-teste. A inauguração estava marcada para sábado. Mas Eduardo Paes transferiu para o dia seguinte, porque faltavam lâminas na parte externa da fachada. Segundo o prefeito, operários passaram a madrugada terminando essa parte que estava inacabada. Oficialmente, o chefe do executivo municipal havia dito que o adiamento aconteceu por questão de agenda. Mas ele mesmo admitiu ter sido pela questão da fachada. O velódromo custou R$ 147 milhões e suas obras seguem em julho.
O diretor de jogos olímpicos do Comitê Olímpico Internacional (COI), Christophe Dubi, tentou manter o otimismo e disse que o velódromo tem a cara do Rio: colorido.
– Eu gostei. Achei que ficou bom. Estou satisfeito. Ainda faltam alguns detalhes a serem feitos, mas o principal, que é a parte dos atletas, está muito bom. Estamos com atletas brasileiros e suíços testando a pista e temos um retorno muito positivo – comentou Dubi.
A obra já deveria ter sido concluída há seis meses e foi um dos maiores novelas enfrentadas pela Prefeitura e a organização dos Jogos. Aconteceu de tudo: projeto executivo equivocado, recisão de contrato, eventos-testes cancelados, atrasos, problemas com empreteira.
O Rio de Janeiro já havia construído um velódromo para o Pan-Americano 2007, também no autódromo de Jacarepaguá (onde foi construído o Parque Olímpico). Mas a capacidade de público abaixa da exigida pelo COI, entre outros problemas estruturais, fizeram com que fosse necessário a construção de um novo local para a prática do esporte.