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Usain Bolt inicia corrida contra o relógio para estar na Rio-2016

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Maior estrela do atletismo mundial, Usain Bolt ficou fora da final dos 100m das seletivas jamaicanas por lesão na coxa esquerda na noite desta sexta e agora corre contra o tempo para estar recuperado a tempo e garantir sua classificação para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. A situação do homem mais rápido do mundo levanta vários questionamentos, e sua possível ausência seria um enorme baque para o mega-evento.

Bolt é o atual bicampeão olímpico dos 100m e dos 200 m e sonha em conquistar o inédito tri no Rio. Ele também conquistou duas medalhas de ouro no revezamento 4x100m, mas corre risco de ter a primeira retirada por conta da reanálise de uma amostra que revelou o doping do companheiro de equipe Nesta Carter em Pequim-2008.

O velocista diz sofrer com uma lesão muscular na coxa esquerda de grau 1 (o menos grave), diagnosticada pelo médico das seletivas depois da semifinal dos 100m, que ele venceu.

– O diagnóstico imediato pode induzir ao erro. É preciso realizar exames de imagem, com prazo de dois a três dias, para avaliar a gravidade da lesão. Normalmente, dependendo da localização da lesão na coxa, são necessários quinze dias para que a zona possa cicatrizar – disse Jean-Michel Serra, médico da seleção francesa de atletismo, à Agência France-Presse.

Os Jogos do Rio começam em pouco mais de um mês, no dia 5 de agosto, e a final dos 100m está marcada para o dia 14. Usain Bolt pretende ainda competir na etapa de Londres da Liga Diamante, em 22 de julho.

Por critério técnico, Bolt pode receber um convite da Federação Jamaicana para vir aos Jogos Olímpicos do Rio. Hoje, é impensável que Bolt fique fora do megaevento. Ele não só tem o índice olímpico como a segunda melhor marca do ano (9s88). Um artigo do regulamento da federação estipula que, em caso de justificativa médica, atletas que conseguiram entre os três melhores tempos do mundo na temporada ainda podem garantir a vaga, desde que provem que têm condições físicas para participar da competição.

Nos 100m, Bolt não teria problemas, já que é dono da segunda melhor marca mundial do ano, com 9s88 atrás apenas do francês Jimmy Vicaut (9.86). Nos 200m, sua distância predileta, ele ainda não tem marca registrada em 2016. Por isso, será necessário buscar uma marca expressiva na etapa de Londres da Liga de Diamante.

O velocista precisa agora correr contra o relógio, com o apoio do seu médico de confiança, Hans-Wilhelm Müller-Wohlfahrt, que está cuidando atualmente da seleção alemã na Eurocopa de futebol.