Policial

Beto Richa inicia demolição da 15ª SDP

Detentos que estavam na carceragem foram transferidos para a PEC

Cascavel – Trinta e cinco anos, cinco meses e cinco dias. Esse foi o tempo que durou o cadeião da 15ª SDP (Subdivisão Policial) em Cascavel. Ontem, depois de muitas fugas, rebeliões e de muita superlotação e insalubridade, o governador Beto Richa iniciou a destruição do local, que em tempos mais dramáticos chegou a contar com mais de 800 presos.

Conforme o governador, em fevereiro ele assumiu o compromisso com os cascavelenses de tirar do centro da cidade um dos maiores problemas de Cascavel. “Era uma angústia de muitos anos da população. A cadeia muitas vezes estava superlotada, os presos vivendo de forma subumana e que, com a reconstrução da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), os presos foram transferidos e de agora em diante, não teremos mais o abrigo de detentos nas instalações da Delegacia de Cascavel”.

Segundo o diretor do Depen (Departamento Penitenciário do Estado), Luiz Alberto Cartaxo Moura, todo o contingente de agentes que saiu da PEC quando da rebelião, está retornando para a unidade prisional. “Não vejo preocupação com relação à quantidade de agentes, uma vez que está sendo feita uma readequação dos profissionais. Defasagem pode até existir na PEC, mas está na vizinha PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel) também, assim como está em quase todas as unidades. Estamos buscando alternativas, com serviços prestados por terceiros, para minimizar esses problemas”.

Em relação à alegação de superlotação na PEC, Cartaxo disse que isso não existe. “Ela tem capacidade para 1.160 presos e está com menos de 850. Pretendemos que tenha lotação total, mas este não é o momento. Primeiro vamos fazer a instalação desses detentos, a triagem completa”.

Sobre as constantes fugas que têm sido registradas na unidade para a qual mais de 500 presos que estavam na carceragem da 15ª SDP (Subdivisão Policial) foram transferidos, Cartaxo disse que elas acontecem por falhas na segurança e por falhas humanas. “Estamos com alguns problemas de segurança por conta das obras, mas assim que ela for finalizada, tudo volta ao normal e os dispositivos de segurança serão instalados. Falhas existem em todos os sistemas, e precisam ser apuradas”. Cartaxo disse ainda que a unidade tem plenas condições de abrigar os presos que estão na PEC. “Quando esse contingente estiver instalado, pretendemos desafogar outras cadeias da região, que também sofrem com o problema de superlotação. Mas para isso precisamos de um aceno por parte da direção da unidade”.