Variedades

Brasileiros adotam cada vez mais métodos de pagamento digitais ao invés de dinheiro físico

Entenda o motivo da preferência e como o Brasil é líder mundial em métodos de pagamento alternativos

Brasileiros adotam cada vez mais métodos de pagamento digitais ao invés de dinheiro físico

O Brasil é um dos líderes mundiais na adoção de meios alternativos de pagamento, atrás apenas da Índia, segundo estudo divulgado pela Accenture. O estudo ainda aponta que o Brasil supera a média global de pessoas que utilizam cartão de crédito, débito e pagamentos A2A (ou pagamentos entre contas).

Essa liderança é um reflexo da consolidação prematura brasileira no uso de meios de pagamento eletrônicos, especialmente no quesito de cartões de crédito e débito, além de o povo brasileiro demonstrar interesse em métodos e soluções alternativas de pagamento. Os motivos vão desde facilidade para pagamento instantâneo até maior segurança em relação a furtos e roubos.

Como surgiram os meios alternativos?

Durante toda a história da humanidade, as pessoas sempre utilizaram bens físicos como forma de dinheiro, como ouro, prata, cobre, gado, escravos, sal, corante, até chegar no papel-moeda que estamos acostumados (isso devido ao número crescente de pessoas no mundo e à dificuldade de transporte para grandes quantidades de dinheiro).

O conceito de cartão de crédito surgiu na década de 1920, nos EUA, em uma rede de hotéis na qual o hóspede depositava uma quantidade de dinheiro que poderia ser usada como “crédito” durante a sua estadia. O cartão de crédito e débito como conhecemos foi aprimorado apenas a partir da década de 1950.

Já os métodos eletrônicos de pagamento, como PayPal, surgiram apenas depois de 2010, através de fintechs que buscavam uma solução mais rápida e menos burocrática que os meios de bancos tradicionais.

Por que o Brasil prefere meios digitais?

Muitos fatores podem influenciar para a criação desse quadro de preferência brasileira pelos métodos de pagamento alternativos ao invés do uso de dinheiro físico. Um dos principais motivos está relacionado ao aumento do acesso à internet e à tecnologia da população; uma pesquisa da FGV mostra que no Brasil existem 2,2 dispositivos digitais por habitante, o que significa uma grande digitalização por parte da população brasileira.

Outro fator muito importante foi a pandemia de coronavírus. Por conta dos bloqueios e lockdowns, as pessoas não podiam mais sair à rua para pagar boletos e fazer compras presencialmente, e por isso todos tiveram que acessar meios digitais de compras e pagamentos, o que acelerou ainda mais o desenvolvimento de novos modelos e aperfeiçoamento dos métodos existentes.

Essa nova metodologia de pagamentos beneficiou não somente os consumidores pela praticidade tanto de transferência entre contas como até pagamento de boleto parcelado, como também auxiliou muito os empresários e e-commerces, especialmente durante o período da pandemia. Isso porque, com meios de pagamento facilitados, as conversões de vendas aumentaram, pois o consumidor não precisava mais ter que ir ao banco pagar um boleto de compra online, ou mesmo ir presencialmente à loja, e tudo se tornou mais veloz, inclusive com muitas marcas optando por descontos para pagamentos via boleto eletrônico ou Pix.

Crédito: Divulgação/Foto: iStock