O Paraná fechou os primeiros nove meses do ano com saldo de 102.102 novas empresas, segundo o boletim produzido pela Jucepar (Junta Comercial do Paraná), vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços. O número é a diferença entre 218.742 empresas abertas e 116.640 fechadas no período.
Um dos destaques está no aumento no número de aberturas. As 218.742 empresas representam aumento de 2,64% em relação ao mesmo período do ano passado (213.122). Os meses com mais aberturas no ano foram março (27.823), agosto (26.219), janeiro (25.409) e maio (24.854). A maior diferença foi justamente em março, com 3,4 mil empresas a mais em relação a março de 2022.
Entre os tipos de empresas mais registradas estiveram os microempreendedores individuais, com 163.461 (74,7%), Sociedades Limitadas, com 49.914 registros (22,8%), e empresários, com 4.572 registros (2,09%). “O aumento de aberturas neste ano em relação a 2022 mostra que, mesmo com as dificuldades econômicas a nível nacional e mundial, o Paraná permanece com economia pujante, com PIB crescendo, mercado de trabalho em alta e novas empresas surgindo”, disse o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni.
Outro relatório da Junta Comercial também indica que a rapidez para concessão de um registro de CNPJ no Paraná continua sendo uma marca do trabalho do Estado. O Paraná fechou setembro como o 5º mais ágil do Brasil. O Estado emitiu um CNPJ com tempo médio de 13 horas e 54 minutos, atrás apenas de Sergipe, Bahia, Piauí e Tocantins. A média nacional foi de 1 dia e 6 horas em setembro. O Rio Grande do Sul fechou o mês com resultado de 23 horas e Santa Catarina com 1 dia e 4 horas.
No entanto, o Paraná é o que mais registrou processos oficializados entre os líderes, com 5.111 registros, número menor apenas que São Paulo, com 23.309 registros e tempo de 1 dia e 17 horas, e Minas Gerais (6.368 com tempo médio de 1 dia e 19 horas).
Desde o início do ano o Paraná mantém média abaixo de 1 dia. O tempo variou entre 17 horas e 41 minutos em fevereiro e 11 horas e 16 minutos em abril. Para acelerar ainda mais esse processo, o Governo lançou no mês passado o Decreto de Baixo Risco, dispensando mais de 770 atividades econômicas da emissão de licenças na abertura de empresas.
O tempo total de abertura de empresas e demais pessoas jurídicas leva em consideração o tempo na etapa de viabilidade, na validação cadastral que os órgãos efetuam e na efetivação do registro com a obtenção do CNPJ.
EMPRESAS ATIVAS
Com o resultado até setembro, o Paraná chegou a 1.708.685 de empresas ativas, ocupando a quarta posição nacional neste indicador, atrás de São Paulo (7,3 milhões), Minas Gerais (2,5 milhões) e Rio de Janeiro (2,1 milhões). No Sul, o Rio Grande do Sul possui 1.567.809 registros em atividade e Santa Catarina, 1.242.957.
“O número de empresas ativas é resultado do bom momento econômico no Paraná, mas queremos melhorar ainda mais. Já temos um dos melhores ambientes de negócios do País e estamos trabalhando com tecnologia e parceria com os municípios para avançar”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.
Indústria paranaense cresceu 3,5%
em agosto, acima da média nacional
Com uma variação positiva de 3,5% entre agosto e julho de 2023, a indústria paranaense foi uma das que registrou maior crescimento no Brasil, além de estar mais de três pontos percentuais acima da média nacional, que foi de 0,4%, de acordo com os dados do IBGE. Além de superar a média brasileira, o Paraná integra um grupo de nove estados com crescimento no intervalo dos dois meses mais recentes analisados pelo IBGE entre 15 estados e regiões analisadas. Em termos proporcionais, o Estado teve a quarta maior alta, atrás apenas do Amazonas (11,5%), Espírito Santo (5,2%) e Rio Grande do Sul (4,3%).
São Paulo, com alta de 3%, Rio de Janeiro (1,7%), Goiás (1%), Mato Grosso (0,6%) e Santa Catarina (0,5%) completam a lista dos estados com índice positivo. Por outro lado, Pará, com queda de 9%, Bahia (-4,1%), Ceará (-3,8%), Pernambuco (-1,7%), região Nordeste (-1,4%) e Minas Gerais (-0,7%) tiveram variação negativa no mesmo período.
No cenário expandido, a indústria recuou 1,2% no acumulado do ano e 4,2% nos últimos doze meses no Paraná. Em Santa Catarina, as baixas foram de 3,1% e 3,8%, respectivamente, e no Rio Grande do Sul, 5% e 3,5%. As dificuldades no setor são nacionais. Segundo o IBGE, a produção industrial nacional está 1,8% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,3% abaixo do que o ponto mais elevado da série histórica, em maio de 2011.